O Instituto de Assistência aos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) começa a pagar as dívidas com a rede credenciada referente a dezembro de 2018 a partir desta quinta-feira (21/03). Ao total, serão pagos R$ 119,7 milhões.
A quitação dos débitos será feita em duas etapas. Os prestadores de serviços cadastrados como pessoas físicas, que representam 3.210 profissionais no Estado, vão receber nesta quinta-feira, 21. O volume destes pagamentos soma R$ 19.437.027,49.
Já as 900 empresas da área de saúde que tem seus prestadores de serviços cadastrados ao Ipasgo terão seus débitos avaliados em 100.334.971,50 liquidados no dia 29 de março.
O presidente do Instituto de Assistência ao Servidor do Estado de Goiás (Ipasgo), Sílvio Fernandes, diz que as medidas tomadas para regularizar a situação com a rede credenciada seguem a determinação do governador Ronaldo Caiado de sanear as contas públicas.
Segundo ele, a atual gestão está promovendo ações emergenciais para quitar as dívidas herdadas referentes ao ano de 2018 e, assim evitar quaisquer danos aos usuários do plano de saúde. “Nosso objetivo é organizar as finanças do instituto e honrar as obrigações com a rede credenciada e, principalmente, com os nossos usuários. Nossos esforços são para que a prestação de serviço não seja paralisada de forma alguma”.
Em dois meses de gestão, o presidente do Ipasgo, Sílvio Fernandes, aplicou medidas administrativas para reduzir gastos e conseguiu sanar, até o momento, R$ 357,9 milhões em dívidas herdadas da gestão anterior com os profissionais e empresas de saúde credenciadas ao órgão.
O presidente do Ipasgo, Sílvio Fernandes, afirma que, ao assumir a gestão do Instituto, encontrou um déficit mensal de R$ 10,5 milhões por mês e uma dívida de quase quatro meses com a rede credenciada. Segundo ele, a falta de pagamento aos prestadores de serviço poderia inviabilizar o atendimento de saúde dos mais de 620 mil usuários do plano de saúde. “Neste primeiro momento, nosso objetivo principal foi organizar, na medida do possível as contas do Ipasgo, para quitar de forma ágil os débitos deixados pela gestão passada com a rede credenciada e manter a normalização dos atendimentos de saúde”.
Ele recorda que, em janeiro, devido à situação deficitária do Ipasgo, não foi possível realizar nenhum pagamento para a rede credenciada. Neste período foram aplicadas medidas de redução de gastos e iniciadas negociações com a Secretaria de Economia para que fossem feitos os repasses das contribuições, que foram descontadas das folhas de pagamentos dos servidores nos meses de outubro e novembro do ano passado e representavam cerca de R$ 89 milhões. Essas transferências ao Ipasgo estavam em atraso desde dezembro do ano passado.
Os valores devidos referentes aos meses de setembro e outubro, que somavam R$ 122,7 milhões, foram pagos por esta gestão no último dia 6 de fevereiro. Os débitos referentes a novembro de 2018 foram pagos, de forma escalonada, também no mês de fevereiro. Os prestadores de serviços registrados como pessoas físicas, que representam 3.210 profissionais no Estado, receberam as faturas avaliadas em R$ 16 milhões, no dia 20. Os cadastrados como pessoas jurídicas, que somam 900 empresas da área da saúde, tiveram os débitos de R$ 99,5 milhões quitados no dia 28 de fevereiro.
Quando assumiu a presidência do Ipasgo, ele encontrou no caixa do órgão somente R$ 78,950 milhões, valor insuficiente para pagar os valores devidos à rede credenciada. Após as negociações com o Governo do Estado e a aplicação de medidas de economia, em fevereiro, Sílvio Fernandes está organizando as contas da estatal.
Para quitar os débitos, o presidente do Ipasgo utilizou as arrecadações parciais das contribuições de janeiro e fevereiro deste ano, negociou com o Governo de Goiás o repasse das contribuições que ficaram atrasadas em 2018 e também efetuou cortes de gastos.
“Ao total foram pagos, em dois meses de gestão, R$ 357,9 milhões em dívidas somente com a rede credenciada. Estamos agindo de forma responsável e transparente para levar confiança aos nossos usuários e aos prestadores de serviço”. Fernandes diz que restabeleceu o diálogo com os profissionais de saúde e entidades representativas, mostrando a situação real do Ipasgo e firmou compromissos de quitação das dívidas, cuja falta de pagamento poderia provocar, em curto prazo, paralisações na prestação dos serviços.