Diante da intimação da Polícia Federal para que Luis Cláudio Lula da Silva prestasse depoimento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, pediu esclarecimentos ao diretor-geral da PF, Leandro Daielo, nesta quinta-feira (29). A suspeita é de que a Polícia Federal tenha intimado Luis fora do procedimento padrão da corporação.
Luis foi intimado após ser deflagrada a quarta fase da Operação Zelotes, que teve como objetivo fazer busca e apreensão na sede das empresas LFT Marketing Esportivo e Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda, que Luís é sócio.
A intimação foi feita na última terça-feira (27), por volta das 23h. No entanto, os advogados do filho do ex-presidência Luís Inácio Lula da Silva divulgaram nota nesta sexta-feira (30), informando que Luís deveria prestar depoimento hoje.
Porém, os advogados argumentam que “o prazo entre a intimação e a oitiva era muito curto”. Além disso, os profissionais não tiveram conhecimento do teor das investigações. Por isso, “foi requerida a marcação de nova data para que sejam prestados os esclarecimentos”.
Por fim, a nota diz que “a mera opinião de dois procuradores da República de que os pagamentos feitos pela Marcondes e Mautoni à LFT seriam ‘muito suspeitos’ não autoriza a prática de qualquer medida que implique mitigar as garantias fundamentais de qualquer cidadão”.
Com informações da Agência Brasil
Luis Cláudio Lula da Silva foi intimado pela Polícia Federal, na última terça-feira, por volta das 23 horas, para prestar esclarecimentos na data de hoje. Como o prazo entre a intimação e a oitiva era muito curto e os advogados não tinham conhecimento do inteiro teor das investigações, foi requerida a marcação de nova data para que sejam prestados os esclarecimentos. Reitera-se que a mera opinião de dois procuradores da República de que os pagamentos feitos pela Marcondes e Mautoni à LFT seriam “muito suspeitos” não autoriza a pratica de qualquer medida que implique mitigar as garantias fundamentais de qualquer cidadão.
Cristiano Zanin Martins