Brasil

Internautas pedem posicionamento de lideranças religiosas sobre fiel baleado dentro de igreja em Goiânia

Com toda a repercussão que o caso fiel baleado dentro de uma unidade da Congregação Cristã do Brasil em Goiânia, que fica no Setor Finsocial, na última quarta-feira (31/08), usuários foram às redes sociais cobrar posicionamento de lideranças religiosas sobre o assunto.

De acordo com o analista ambiental e professor Pedro Ronchi, era ‘ensurdecedor’ o ‘silêncio’ de lideranças religiosas e políticos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o assunto. “É ensurdecedor o silêncio do Silas Malafaia, Michelle Bolsonaro, Damares e Marco Feliciano sobre o evangélico bolsonarista que atirou num irmão petista dentro da igreja depois que o pastor pregou incitando o ódio aos ”vermelhos”’, destacou.

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Outra usuária, Anna Zappa disse que o episódio era reflexo do “discurso de ódio irresponsável” patrocinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). “Um PM bolsonarista atirou em um fiel (q eles chamam de irmão) dentro de um templo neopentecostal.  O motivo: o fiel discutiu com o pastor, que associava, em pleno culto, Lula ao demônio. Esse é o Brasil que o bozo corrupto construiu com seu discurso de ódio irresponsável”, salientou.

O jornalista George Marques também comentou o assunto. “Aconteceu em Goiânia, ontem: um pastor resolveu pregar voto contra “partidos vermelhos”. Houve protesto de dois fieis, um PM ficou incomodado e atirou na perna de um deles. Este fato representa bem a politização armada bolsonarista das igrejas em 2022”, destacou.

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Até o candidato a vice-presidente na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), citou o assunto para justificar o porquê da aliança inusitada. “Cerco a carro de candidato, drone com veneno, bomba caseira, assassinato de militante político em aniversário, atentado na Argentina, troca de tiros dentro de igreja por discussão política em Goiás: e ainda me perguntam por qual razão me uni ao presidente Lula”, destacou.

O Diário de Goiás buscou contatos com lideranças de Goiânia da Congregação Cristã do Brasil e não conseguiu contato para publicar as manifestações.

Agressões

As agressões que os irmãos receberam por parte do militar, se deram após a vítima conceder uma entrevista ao Diário de Goiás no último dia 24 de agosto. Em conversa com nossa equipe de reportagem, a vítima disse que o líder da igreja estava pressionando fiéis a votarem no presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na ocasião, Daniel relatou que sempre frequentou os corredores da igreja com muita tranquilidade e sem problemas com relacionamentos políticos. O próprio Estatuto da Religião define a mesma como uma organização “apolítica”.

Mas, segundo ele, a situação começou a mudar a partir do momento que a Circular começou a ser lida publicamente por pastores da igreja. Apesar de não fazer menção direta, Daniel afirmou que os líderes interpretam aos microfones e destacam partidos como o PT, que tem sustentado a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

PM publicou mensagem enigmática antes do disparo

Antes de disparar contra o assessor comercial, Davi Augusto de Souza, o cabo da PM e colaborador da Congregação Cristã do Brasil publicou uma mensagem enigmática nos stories do Whatsapp: “Ri agora e chora, amargamente, depois. A Justiça de Deus é implacável e não poupará nenhum daqueles que intentaram o mal contra o justo”, dizia a mensagem publicada às 18h52. O serviço deixa as mensagens no aplicativo de mensagens por 24 horas.

“A espada da Justiça vai passar e degolar as cabeças que arquitetaram esse plano maligno. Os humilhados serão exaltados. Força e honra sempre!!”, complementava a mensagem. Aproximadamente duas horas depois, na última quarta-feira (31/08) os disparos foram feitos dentro de uma unidade da religião no Setor Finsocial. O culto continuou normalmente como se nada tivesse acontecido.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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