A experiência de fazer um intercâmbio é uma boa oportunidade para descobrir novas culturas, amizade e desenvolver uma experiência enriquecedora que pode ser levada para o resto da vida acadêmica. Seja no Ensino Médio ou na Graduação, são vários programas levam os estudantes para conhecer a realidade de estudos e sociais de outros países. E é os Estados Unidos a nação que mais chama atenção e curiosidade dos estudantes.

Segundo o conselheiro acadêmico CCBEU e EducationUSA, Lucas D’Nillo, o país tem 4,7 mil instituições de ensino disponíveis a receber intercambistas de todo o mudo.

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D’Nillo alerta que o primeiro passa para quem quer cursar uma curso de graduação nos Estados Unidos é definir o objeto e o foco já no Ensino Médio. “Definir o objetivo é importante, mas isso também depende de qual a idade do aluno. É importante pensar desde o 9º ano. Desde o primeiro ano do Ensino Médio é possível desenvolver um perfil para atingir esse objetivo de fazer faculdade nos EUA”, conta.

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Além disso, o conselheiro alerta que o planejamento é essencial para desenvolver o perfil do intercambista.

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Mercado de Trabalho

Para D’Nillo, uma das principais inseguranças para aqueles que cursam uma graduação fora do Brasil é se o mercado de trabalho brasileiro pode absorver ou não aquele currículo.

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Ele lembra que entre as vantagens de estudar nos Estados Unidos está a possibilidade de combinar áreas diferentes e poder escolher efetivamente seu curso de graduação só depois de dois anos.

“Muita gente fala de instituições renomadas, mas é bom lembrar que os EUA tem 4.800 opções e existem algumas vantagens como combinar áreas diferentes e fazer um business/administração em engenharia, por exemplo”.

Mas ele alerta que em outras casos é preciso complementar a grade curricular pedida no país: “Um business/ economia, por exemplo, você pode voltar para o Brasil e se alocar facilmente e rápida no mercado, porque não vai precisar de dar validade no seu diploma. Já outra como engenharia você terá que complementar para atuar no mercado brasileiro”.

“Mas existe inúmeras possibilidades, a vida pode nos levar para diversos caminhos e pode ser até trabalhar fora do Brasil”, incentiva o conselheiro.

Outra possibilidade citada por ele é dividir o curso no Brasil e nos Estados Unidos: “você pode começar aqui, fazer transferência, ou até mesmo fazer mestrado e outras pós graduações. São inúmeras possibilidades e vai depender do seu interesse e perfil”.

Exigências

Para D’Nillo, o aluno que estuda bem para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aqui no Brasil tem grandes possibilidades de se sair bem ao tentar ingressar em uma universidade americana.

“O Enem explora mais temas do que é exigido de um aluno americano. Estudando no Brasil há vários casos de pessoas que conseguiram se destacar nas provas de admissões porque o aluno brasileiro que estuda bem para o Enem ele está muito bem preparado”, diz o conselheiro. Mas ele lembra que atrelado ao Exame também é importante desenvolver bem o inglês para realizar as provas exigidas.

Bolsas

Outra opção para quem quer cursar um Universidade nos Estados Unidos é conseguir bolsas de estudos que vão ajudar na manutenção financeira do aluno enquanto ele estiver fora. D´Nillo explica que a mais comum é a de mérito: “Cada nota desde o 9º  até o 3º ano contam para a bolsa de mérito. As suas notas da escola, notas do vestibular de lá contam e participações em atividades extracurriculares se juntam em sua média para que você concorra a essa bolsa por mérito”.

Ainda há outras opções, como as bolsas por necessidade financeira e bolsas de esportes, mas segundo o conselheiro, há nessas um grau de dificuldade maior para conseguir.

Ensino Médio

E se o adolescente quer ter a experiência de estudar fora ou até mesmo passar apenas algumas semanas nos Estados Unidos como forma de aprendizado, isso também é possível. Elisa Dal Molin Machado, gerente de operações Liaison America, explica que há programas voltados para alunos do 9 ano até o 3º.

“Nesses programas a gente curti muito, aproveita, se diverte, é uma experiência rica em que fazemos amizade para uma vida inteira. Mas também é um desenvolvimento pessoal e futuramente profissional muito grande”, afirma.

Segundo ela, é importante o aluno estar preparado “para um choque de cultura no início”, mas que após a fase de adaptação, a experiência vale a pena.

E para aquelas pais que se sentem inseguros de permitir que os filhos passem esse período fora, Elisa alerta que é importante que eles tenham acesso a todos as informações da empresa que vai contratar para levar o filhos

“Eles (os pais) tem que se sentir seguros sobre qual a empresa eles estão contratando, com quem esse filho está viajando, menor de idade, por exemplo. É importante que saber se a equipe acompanha os alunos o tempo todo, conversar antes, saber como é a dinâmica da viagem, a chegada, volta, dormitórios…”

Trabalho social

Elisa lembra que há vários programas que utilizam parte do tempo da experiência no outro país para realizar trabalho social e que esse é um dos projetos preferidos dos estudantes e que acrescentam bastante na experiência de vida dos adolescentes.

“Quando atuamos lá com trabalho voluntário, projetos sociais que atendem pessoas em situação de risco, dificuldade financeira… a gente entende que as dificuldades estão presente em todos os lugares. Existem pontos positivos e negativos em qualquer lugar que nós formos, a gente aprende a servir, a ser o líder que serve, que ajudar faz bem para gente, enriquece o currículo”, destaca.

Basse curricular

Já pra aqueles que pensam de passar não apenas uma temporada, mas estudar efetivamente em cursos do Ensino Médio nos EUA não é tão simples e o aluno deve levar em conta as diferenças da base curricular entre as escolas brasileiras e americanas.

“Essa é uma experiência que ode ser enriquecedora, mas são duas realidades completamente diferente. É viável, mas tem que ter em mente isso”. Mas Elisa lembra também que essa pode ser uma boa oportunidade para criar pontes para a Universidade dentro dos EUA.

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