O Internacional foi a Salvador com a vantagem, mas está eliminado da Copa do Brasil. Derrotado por 1 a 0 no tempo normal, gol de Neilton em cobrança de pênalti, o time gaúcho também perdeu na disputa de penalidades por 4 a 3. O jogo, nesta quarta-feira (19), não foi bom, e o time gaúcho pecou bastante na pontaria.
No primeiro jogo, em Porto Alegre, o Inter venceu por 2 a 1 e podia até empatar no Barradão. A atuação do time de Odair Hellmann, contudo, não foi suficiente para isso. Sem poder ofensivo, sucumbiu à pressão da etapa final e perdeu com um pênalti duvidoso no tempo normal. Nos pênaltis, foi ainda pior.
Camilo, Fabiano e Patrick converteram para o Inter, mas Nico López e Gabriel Dias perderam. No Vitória, Denilson, Uilliam Correa, Zé Wellison e Neilton marcaram. Nickson parou nas mãos de Marcelo Lomba.
Nesta sexta-feira, na sede da CBF, serão sorteados os confrontos e a ordem dos mandos da próxima fase.
Ninguém esperava por Neilton, mas o camisa 10 voltou ao time do Vitória e foi titular contra o Internacional. O jogo dele, com bola rolando, não foi como se esperava. A liderança técnica só apareceu na hora de cobrar pênalti, no segundo tempo, que deu a vitória e levou a disputa para as penalidades.
Outro destaque do time baiano foi o goleiro Caíque, que havia sido o protagonista da partida de ida por causa de uma falha no gol de falta de D’Alessandro. Em Salvador, a história teve outro roteiro. Caíque teve boa atuação e salvou seu time em lances com William Pottker e Nico López. Na etapa final, o gigante de luvas ainda se esticou para espalmar chute de Camilo.
O Vitória fez força, mas produziu muito pouco. A vontade do time baiano esbarrou nas limitações técnicas e ficou dependente de escanteios, faltas ou jogadas individuais. Neilton, grande novidade no jogo, fechou o primeiro tempo com atuação muito discreta.
Por outro lado, o Internacional se posicionou para controlar e à espera de espaços. Com Nico López e William Pottker, o Colorado teve um contra-ataque rápido. Faltou pontaria para aproveitar as três boas chances produzidas até o intervalo.
Na etapa final o Vitória se soltou mais ainda ao ataque e, com a postura do Inter inalterada, criou pressão. Com a grande diferença de que conseguiu gerar perigo além das bolas paradas. Ainda assim, o time mandante sentiu problemas na hora de terminar as jogadas. Assim, as conclusões pararam nas mãos de Marcelo Lomba e na trave. O maior volume foi se acumulando e, bem antes da reta final, o gol já parecia próximo de ocorrer.
Vieram, então, os lances polêmicos dentro da área do Inter. Primeiramente, Rhayner fez a jogada pela direita e cruzou. Victor Cuesta, dentro da área, desviou a bola que acabou nos braços de Lomba. A bronca foi pelo claro toque no braço esquerdo do argentino. A arbitragem mandou seguir. Minutos depois, Iago disputa lance com Denilson e é assinalada penalidade máxima, que termina com o gol de Neilton, aos 36min, levando o duelo para a disputa por pênaltis.
VITÓRIA
Caíque; Rodrigo Andrade (Zé Wellison), Kanu, Ramon, Juninho; Uillian Correia, Willian Farias (Nickson), Yago (Guilherme), Neilton, Rhayner; Denilson. T.: Vagner Mancini
INTERNACIONAL
Marcelo Lomba; Fabiano, Rodrigo Moledo (Klaus), Victor Cuesta, Iago; Rodrigo Dourado, Gabriel Dias, Patrick, D’Alessandro, Nico López; William Pottker (Marcinho). T.: Odair Hellmann
Estádio: Barradão, em Salvador (BA)
Público: 5.986 pessoas (5.878 pagantes)
Renda: R$ 58.939,00
Juiz: Rafael Traci (PR)
Cartões amarelos: Yago, Uilliam Correa, Rhayner (Vitória); Patrick, William Pottker, D’Alessandro (Inter)
Gol: Neilton, aos 35min do segundo tempo