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Inspiri: Grupo desenvolve plataforma de divulgação turística e cultural em Pirenópolis

Em meio à cavalheiros e mascarados, pastorinhas e Benjamins, o projeto de extensão Inspiri, realizado em parceria com a Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER-UEG), tenta inventariar o anedotário histórico urbano de Pirenópolis (antiga Minas da Meia Ponte de Nossa Senhora do Rosário), inspirado por seu patrimônio arquitetônico (móvel e imóvel), natural e cultural (material e imaterial). A iniciativa visa contribuir para obtenção do título de Patrimônio Histórico da Humanidade (UNESCO) para Pirenópolis.

Trata-se também da continuidade da trilogia musical do artista e pesquisador urbano Fred Le Blue, sobre Mulheres e Lugares do Cerrado (Alto Paraíso, Pirenópolis e Cidade de Goiás), lançada em 2021 pelo selo ArtetEthos do Pequi e Editora Multimídia Brasílha Teimosa.

INSPIRI está apresentando uma uma série de ações socioculturais orquestradas para posicionar Pirenópolis como capital da cultura no Centro-Oeste e do turismo cultural sustentável no Brasil. Trata-se de uma plataforma multimídia e digital de divulgações turísticas através de ações artísticas.

O objetivo é repensar estratégias de políticas públicas urbano-turísticas (Plano Diretor Turístico), socioculturais e socioambientais a partir do estudo, da defesa e da projeção e criação de acervos artistícos inspirados e/produzidos na paisagem cultural e no imaginário urbano (rural) pirenopolina. No que visa incentivar o turismo de experiência ou etnográfico, superando o atual modelo de destino instagramável de final de semana.

Este esforço comunicativo e artístico de educação socioambiental e patrimonial pretende, assim, dar visibilidade pública à Pirenópolis em momento pós-pandemia para incentivar o desenvolvimento econômico e urbano sustentável na cidade.

Além do Programa de pós graduação em Territórios Culturais e Expressões do Cerrado (TECCER) da UEG, o projeto conta ainda com a chancela do Museu do Cerrado da UnB e do MOVimento ARTetetura e HUMANismo (ARTeteTurismo), este responsável por disseminar uma linhagem metodológica de projetos, em que a arte tem sido utilizada como um instrumento científico de divulgação cultural (turística), de educação patrimonial, planejamento urbano (regional) e de city-matketing.

Esse city-tour 360 graus pelas inúmeras “pontes-de-vista”, por onde passam o rio do imaginário social urbano e rural, divino e profano de Pirenópolis vai se beneficiar da cultura popular e pós-moderna, autoral e colaborativo, permitindo também a criação de novos acervos geoafetivos ou ecopoéticos textuais, sonoros e visuais sobre a cidade. Uma ação sociocultural arte-educativa de empoderamento narrativo e pertencimento local com crianças da rede pública de educação está prevista como contrapartida social.

Todos os desdobramentos artísticos do Inspiri podem são compartilhados gratuitamente na plataforma virtual de divulgação turística e cultural sobre as Pedras, Rios e Almas de Pirenópolis, com foco no conceito de paisagem cultural, que inclui mais do que os acervos edificados (pedras), mas também os santuários ecológicos (rios) e as memórias coletivas (almas):

O compositor goiano Fred Le Blue, ex-aluno de comunicação do Fic UFG, do planejamento urbano do IPPUR UFRJ e da Artes da EBA UFMG é o idealizador do Movimento ARTetetura e HUMANismo e de sua aplicação no turismo sustentável, o ARTeteTurismo. Em 2021, foi convidado do FICA e ministrou curso sobre desenvolvimento urbano sustentável pelo viés da arte, cultura e ciência, com base na metodologia artetetônica humanista.

Desafio

Fred comenta que o projeto começou na pandemia quando impossibilitado de viajar e não tendo preservado imagens, começou a compor músicas sobre a viagem que fizera nos tempos de estudante de fotografia na UFG. Aos poucos ele foi se dando conta da diversidade cultural da cidade e percebeu a necessidade de divulgar o patrimônio imaterial das cidade com suas trupês artísticas e grupos musicais que deveriam ser tombados, como já ocorre na França.

”Uma forma de imortalizá-los tem sido através de mini-docs sobre o grupo de teatro das Pastorinhas, o de dança da Contra-Dança e os de música, como a Banda de Couro e a Banda Phoenix, que permitem reverenciar as memória coletivas intergeracionais que os sustentam, por meio da oralidade, bem como todas as festividades da Cavalhadas e da Folia do Divino e de Reis”, conta.

”Mas como a cidade também é uma espécie de meca resiliente da MPB banquinho e violão, produzimos um documentário comemorativo para celebrar meu encontro com duas lendas da musica goiana, radicados na cidade, Dante e Tonzera. Muito bem estimulado, inclusive pelo maracatu pernambucano e boi-bumbá maranhense de Piri e conhecendo com mais propriedade a realidade local e sua história urbana, comecei a criar novas canções, que pudessem ser gravadas também pelos artistas da cidade formando também uma cartografia das vozes e talentos musicais da cidade”.

”Como sou artista interartes e multimídia, tenho tentado traduzir todos esses estímulos sinestésicos e multiculturais através da criação de mapa íntimo visual e sonoro autoral e colaborativo. Uma espécie de Pirenópolis 2.O, imaginária, que estamos chamando de inspirenópolis, que é, inclusive o nome da plataforma de divulgação turística e cultural (inspirenopolis.weebly.comque criamos para salvaguardar e replicar todo o material pesquisado e produzido, de forma autoral ou colaborativa, nesse caso, por meio de projetos de arte-educação. Em face à eventos culturais e religiosos tão tradicionais como a Folia do
Divino, do qual faz parte as Cavalhadas, acredito que o Inspiri faz um contraponto complementar relevante, no sentido de renovar o público visitante interno e externo da cidade através do resgate educomunicativo socioambiental de várias manifestações e paisagens culturais centenárias e do incentivo à criação de novas obras e acervos inspiradas na cidade. Uma fusão plural de estilos, linguagens e tecnologias singulares que compõem essa inspiradora obra coletiva e educadora que é o Inspiri, tal qual sua musa maior que é a cidade de Pirenópolis”, destaca Fred Le Blue).

Redação / Diário de Goiás

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