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Inspirada em sua personagem, Marjorie Estiano vive transformação pessoal

Interpretar a médica Carolina na série “Sob Pressão”, da Globo, foi um grande aprendizado para a atriz Marjorie Estiano.

Em entrevista exclusiva ao “F5”, da Folha de S.Paulo, a artista afirma que o trabalho foi uma possibilidade de redimensionar alguns valores em sua vida, especialmente a vocação de cuidar do outro.

“É lindo ver quando uma ação em benefício próprio tem relação direta com melhorar a vida do outro. Assistir a isso dá vontade de ser um pouco assim também, de participar mais ativamente da vida das pessoas em geral”.

Na trama -cujo último capítulo vai ao ar nesta terça (19)-, Carolina é uma mulher de origem simples e com histórico de violência sexual, que se formou em medicina e decidiu trabalhar na rede pública.

“Sob Pressão” é baseada no livro homônimo que reúne depoimentos do médico Marcio Maranhão. Na obra, ele relata à jornalista Karla Monteiro episódios traumáticos pelos quais passou durante seus nove anos de atuação no sistema público de saúde.

“O livro descreve com riqueza de detalhes as situações, os personagens, o ambiente, e isso reitera o que vemos nos jornais, na televisão, trazendo a perspectiva do lado dos médicos, que são tão vítimas do sistema quanto os pacientes”, diz Estiano, que leu a obra inteira e a considera um “soco no estômago, sem intenção”.

Para a atriz, a série lhe sugeriu formas simples de como ser melhor e de como ter um olhar mais generoso sobre a vida.

Estiano diz acreditar que médicos, especialmente os que trabalham no serviço público, são “heróis da vida real”. Ressalta, no entanto, que eles têm características muito mais interessantes do que os personagens da ficção.

“Médicos são uma espécie de heróis que não têm superpoderes, que são humanos, que são mortais, que são contraditórios, que erram e que resistem. São fantásticos e não são fantasiosos”.

A intérprete da médica de “Sob Pressão” diz que sua personalidade tem alguns pontos em comum com a da personagem. “Mas acho que Carolina tem muito mais qualidades que eu. A abertura que ela tem me inspira, pois ela não se vale de verdades pré-estabelecidas. Tem uma escuta clara e limpa”, diz.

Absolutamente seduzida pela profissão, Estiano diz que o que mais lhe marcou durante a preparação para viver Carolina foi entender o ofício do médico, tão cheio de detalhes e de peculiaridades.

“Extremamente delicado ou aparentemente de uma brutalidade pré-histórica, [o corpo humano] parece um jogo de pecinhas que vão sendo montadas e organizadas. Um jogo cuja responsabilidade do jogador pode ter um alcance permanente, definitivo”.

A atriz teve o acompanhamento de Maranhão e equipe, que lhe ajudaram na construção da personagem. “Estivemos em alguns hospitais, assistimos a algumas cirurgias, recolhemos alguns depoimentos, e isso foi fundamental para desmistificar um pouco o corpo humano […] Desde então, fico me perguntando o que eu faço pelo outro”.

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Rayka Martins

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