Naná é atleta paralímpica e foi uma das representantes do Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. Foto: Cris Mattos/Comitê Paralímpico Brasileiro
As inscrições para o programa Bolsa Atleta 2024, do governo federal, encerram nesta segunda-feira (1º). A iniciativa destina incentivos financeiros mensais a atletas das categorias de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica/Paralímpica/Surdolímpica. Os interessados podem se inscrever diretamente pelo site do Ministério do Esporte.
Os valores do benefício variam de acordo com a categoria. Para as categorias de base e estudantis, o valor mensal disponibilizado é de R$ 370. Para os atletas nacionais, R$ 925; internacionais, R$ 1.850 e atletas olímpicos e paralímpicos, R$ 3.100.
Este ano, o programa conta com novidades: vai contemplar gestantes e puérperas, atletas surdos e guias e auxiliares do esporte paralímpico. A lista de contemplados está prevista para ser publicada entre os dias 10 e 17 de junho. Em 2024, a expectativa é contemplar 10 mil alunos com um investimento de R$ 162 milhões.
Os requisitos de cada categoria podem ser acessados no site. Além de estabelecer critérios e procedimentos para concessão do benefício, suspensão e cancelamento de bolsas, o edital ainda lista formas e prazos para a inscrição dos interessados na obtenção e prestação de contas dos recursos financeiros recebidos e dos resultados esportivos propostos e alcançados pelos atletas.
A atleta goiana Natália Borges Xavier, conhecida como Naná, de 24 anos, é uma das contempladas pelo programa desde 2022, por conta dos resultados alcançados no Parabadminton. “A bolsa é extremamente relevante pra gente que é atleta porque nos dá condições de estar na modalidade sem necessariamente precisar conciliar trabalho além dos estudos e a dedicação ao esporte”, destacou Naná.
Natália também ressalta a importância da digitalização do processo da bolsa. Antigamente os documentos eram enviados pelo Correio, mas hoje o acesso é todo feito de forma on-line. “Sabemos que o letramento digital não é uma realidade para 100% das pessoas, mas se houver uma pessoa do seu clube, associação, família, que entenda, consegue auxiliar todos os demais para tentar o processo da bolsa. Temos muitos atletas que perdem a bolsa pela falta de letramento, mas esse apoio como grupos pode auxiliar”, finaliza.