Publicidade
Destaque 2
| Em 4 anos atrás

Insatisfeitos com decreto, músicos terão reunião com prefeito nesta quinta-feira para apresentar alternativas (25/02)

Compartilhar

Representantes do segmento musical estão reunidos na porta da Prefeitura de Goiânia em uma manifestação reivindicando flexibilização no decreto que proibiu até som mecânico em bares e restaurantes da capital. A expectativa é que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) atenda dois representantes do segmento ainda na manhã desta quinta-feira (25/02) para abrir o diálogo e conciliar um entendimento para a questão. 

No encontro, os músicos pretendem apresentar um documento com soluções para uma possível flexibilização e o retorno dos músicos aos estabelecimentos. Documento que o Diário de Goiás teve acesso e que será apresentado ao prefeito de Goiânia. A Ordem dos Músicos se propôs, em conjunto com a Saúde do Município realizar ações fiscalizatórias nos bares e restaurantes da cidade e elaborou uma cartilha com diretrizes para o segmento, entre os quais estão aferição de temperatura dos clientes na entrada do estabelecimento, proibição de anúncios que façam menção ao show que será apresentado.

Publicidade

A própria palavra show deverá ser substituída por “apresentação cultural” e o serviço de música será oferecido pelo ambiente como um complemento “da ambientação local”. As danças são proibidas como também a cobrança de ingressos prévios. Apenas o couvert pela apresentação. 

Publicidade

“A nota-técnica em nenhum momento fala que a música ao vivo, quanto mais mecânica, sejam proibidas. Fala apenas em limitação a capacidade do estabelecimento. E é isso que pediremos para que seja mantido em uma manifestação pacífica”, pondera o presidente da Ordem dos Músicos – Goiás, Emerson Biazon em entrevista ao Diário de Goiás.

Publicidade

Os músicos saíram de uma carreata a partir da Praça Cívica e já estão no Paço Municipal. “Obrigado a todos pelo apoio à adesão a essa carreata. Coisa linda de se ver. Quero agradecer a PM e a SMT, a Guarda Municipal que está aqui para apoio e organização. Quero dizer que nós chegamos. Estamos aqui no Paço Municipal”, pontuou Sirlon Ramos em um vídeo gravado enquanto aguarda para falar com o republicano.

A classe está preocupada com os constantes decretos que impõe restrição ao segmento. Apesar da Lei Aldir Blanc estar sendo paga, o benefício não preenche todo o gargalo gerado pelas restrições que há meses tem afetado a categoria. Além do mais, a lei estabelece uma contra-partida aos artistas que geram custo,. Músicos e artistas ouvidos pelo Diário de Goiás sequer conseguiram acesso aos recursos

Publicidade

Emerson Biazon pontua que os que conseguiram se beneficiar do programa já receberam os valores ao longo do mês de fevereiro. Questionado se a extensão do benefício seria uma saída, Emerson disse que no momento, quer pedir para a Prefeitura fazer valer a nota-técnica da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás. “Não precisa nada além disso, só restringir os estabelecimentos a 30% e permitir que nós músicos possamos tocar durante o período que for liberado”, destaca.

A reportagem tentou contato com a assessoria da Secretaria de Governo e do titular da pasta, Andrey Azeredo para saber os critérios adotados na definição do decreto envolvendo as restrições dos bares e restaurantes e também uma resposta para as demandas dos músicos, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta.

Publicidade
Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.