A Polícia Civil concluiu nesta quinta-feira (26) o inquérito sobre o caso do homem que matou 12 pessoas durante Réveillon em Campinas (a 93 km de São Paulo). A polícia não descobriu, no entanto, a origem da arma usada pelo autor dos disparos.
Nos últimos minutos de 2016, o técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, 46, matou sua ex-mulher, seu filho de oito anos, outras dez pessoas e depois se suicidou no bairro Vila Proost de Souza.
De acordo com a polícia, o crime foi “premeditado”, “passional” e cometido apenas por Araújo “que não contou com comparsas ou coautores”. Perícia realizada nos corpos das vítimas indicou que as mortes de todas elas foram provocadas por disparos feitos da pistola usada pelo técnico. A polícia não identificou a origem da arma.
“Mesmo com as inúmeras diligências realizadas, não foi possível identificar a origem da arma de fogo, uma vez que não há qualquer registro, em todos os bancos de dados pesquisados, estaduais e federais”, afirmou, em nota, a Secretaria da Segurança Pública.
Nos últimos minutos de 2016, o técnico em laboratório invadiu uma festa de Réveillon no bairro Vila Proost de Souza e atirou nos convidados. Ele matou a ex-mulher Isamara Filier, 41, o filho, João Victor Filier de Araújo, 8, e outras dez pessoas, sendo oito mulheres. Araújo se matou em seguida.
Numa suposta carta deixada, o autor da chacina, Sidnei Ramos de Araújo, 46, disse ter raspado a numeração da pistola para não identificar o proprietário, que precisava de dinheiro. A arma é de uso restrito das forças policiais.
Na mesma gravação, ele criticou por diversas vezes a ex-mulher, Isamara Filier, 41, com quem travava uma disputa na Justiça pela guarda do filho, João Victor Filier de Araújo, 8. Ambos foram mortos na tragédia.
Desde 2005, a ex-mulher tinha registrado cinco boletins de ocorrência contra o pai de seu filho. Segundo a polícia, ela não quis receber medidas protetivas previstas pela Lei Maria da Penha nem representou criminalmente contra o ex-marido, não autorizando, assim que os casos virassem inquérito policial.
Folhapress