Os servidores públicos estaduais da área da saúde iniciaram greve nesta terça-feira (20), com manifestações em Goiânia. O trânsito no cruzamento da Avenida 136 com a Rua 90 foi interditado por protestantes que levavam faixas e cartazes. A paralisação será por tempo indeterminado.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás (Sindsaúde), a reivindicação se refere ao arquivamento do projeto de lei que trata da gratificação de produtividade dos servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), ao pagamento da data-base dos anos de 2007 a 2010, 2015 e 2016, além do cumprimento do Plano de Cargos e Salários.
Ao Diário de Goiás, o Sindsaúde informou que ainda não houve nenhuma proposta de negociação, apenas a suspensão da tramitação do projeto de lei até a volta do governador Marconi Perillo (PSDB) de viagem ao exterior.
A presidente do Sindicato, Flaviana Alves Barbosa, se reuniu nesta tarde na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) com os servidores para definir a pauta de ações que incluem a paralisação de atendimento em determinadas unidades de saúde e manifestações.
“Vamos hoje a noite em todas as unidades falar com o pessoal que trabalha no período noturno e convidá-los para vir para a Assembleia amanhã [quarta, 21] a partir das 8h. Ficaremos aqui o dia todo”, informou Flaviana.
Com a paralisação, apenas 30% do serviço será mantido. No caso, segundo a presidente, serão atendidos apenas casos de urgência e emergência. No entanto, exames de laboratórios que não tiverem urgência terão o prazo para entrega mais demorado, assim como os pacientes que esperam pela realização de uma cirurgia eletiva não terão data definida para passar pelo procedimento.
O presidente da Alego, Hélio de Sousa (PSDB), decidiu esperar o governador retornar de missão internacional para dar continuidade no projeto de lei que limita a gratificação por produtividade dos servidores da Saúde em até 50%.
O projeto de nº 2759/16 foi protocolado em 13 de setembro na Assembleia e tem como objetivo promover maior equilíbrio na distribuição da vantagem ao servidor da SES-GO.
“Para nós essa suspensão é um engodo. Suspende, a categoria desmobiliza e do dia para a noite o projeto passa e é aprovado. Disseram que vão esperar o governador e o secretário voltarem de viagem, mas fui informada de que só voltam no dia 1º. Eles podem designar alguém para fazer a negociação no lugar deles, uma vez que deixaram governador em exercício e secretário de Saúde em execício”, ressaltou Flaviana.