A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) impôs cinco anos de sigilo a informações relacionadas à força-tarefa que buscava prender Lázaro Barbosa na região de Cocalzinho de Goiás, em junho de 2020. A informação foi confirmada por reportagem do Correio Braziliense que havia solicitado à instituição detalhes do caso.
Ainda de acordo com a reportagem, a corporação explicou que as razões para o sigilo são preocupações que podem afetar os trabalhos dos agentes neste caso, que ainda não foi finalizado, e também outras investigações seriam comprometidas se houvesse essa abertura dos dados que foram pedidos pelo veículo de imprensa.
“As informações não se restringem somente ao caso encerrado, mas fazem parte de toda a estrutura pertencente à Polícia Civil, usada em outras circunstâncias, e, também, a projetos que ainda nem foram implementados. A divulgação desses dados vulnerabiliza a instituição em sua função investigativa, pondo em risco a segurança e o sucesso de outras apurações”, diz trecho da nota enviada à reportagem.
A reportagem fez o pedido via LAI (Lei de Acesso à Informação), nele foi solicitado os valores gastos com o efetivo policial, quantos quilômetros foram monitorados na área que Lázaro estava escondido, quanto foi gasto de combustível de viaturas e helicópteros usados na operação.
Em 28 de junho, numa troca de tiros com policiais da força-tarefa, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Lázaro foi atingido por vários tiros e morreu. Ele estava próximo à casa de sua ex-esposa e foi visto e denunciado por moradores da região.
À época, Lázaro conseguiu fugir por 20 dias dos quase 300 policiais que estavam à sua procura. Durante as buscas, Lázaro ainda conseguiu balear um policial no rosto, sem gravidade, e invadiu várias propriedades da região em busca de comida e de esconderijo. Ele passou a ser perseguido após ter matado quatro pessoas da mesma família em Ceilândia e ter fugido para Cocalzinho de Goiás.