A inflação desacelerou em setembro para 0,08%, divulgou, na manhã desta sexta-feira (7) o IBGE. O indicador veio abaixo do verificado um mês antes, em setembro, de 0,44%.É a menor taxa para o mês de setembro desde 1998. A última vez que o país viu inflação em nível tão baixo foi em julho de 2014, quando esteve em 0,01%.
No acumulado do ano, a inflação foi de 5,51%. Já nos 12 meses encerrados em setembro, o indicador esteve em 8,48%, acima do teto da meta do governo, de 6,5%.
Houve uma queda generalizada de preços na virada de agosto para setembro. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, apenas três tiveram aceleração -habitação (0,63%), vestuário (0,43%) e comunicação (0,18%).
Outros três grupos tiveram queda no mês: alimentação e bebidas (-0,29%), artigos de residência (-0,23%) e transportes (-0,10%).
O alívio no preço dos alimentos foi o principal motivo para a inflação mais branda em setembro. O leite, por exemplo, que vinha de altas sistemáticas desde o início do ano, teve queda de 7,89% em setembro. No acumulado do ano, contudo, a alta é de 40,69%.
A queda de preço do produto, muito consumido pelos brasileiro, foi a de maior impacto positivo na inflação de setembro, de 0,10 pontos percentuais no indicador.
Produtos que tiveram altas expressivas no início do ano deram um refresco no bolso do brasileiro. Vilã da inflação no meio do ano, a batata inglesa registrou deflação de 19,24%.Outros produtos básicos da dieta brasileira também caíram de forma significativa. Caso do alho (-7,45%), cenoura (-5,34%), feijão-carioca (-4,61%) e das hortaliças (-4,42%).