A indústria mundial de aviação prevê um lucro recorde para o setor em 2016, pelo terceiro ano seguido. A estimativa anunciada na manhã desta quinta (8) pela Iata (associação internacional de transporte aéreo) é de fechar o ano com U$ 35,6 bilhões em lucro.
A previsão é, no entanto, menor do que a anunciada pela associação em junho: U$ 39,4 bilhões. A revisão ocorreu devido ao crescimento mais lento do que o previsto do PIB mundial e pelo aumento dos custos.A perspectiva para 2017 é menos otimista: o lucro estimado é de U$ 29,8.
A expectativa de alta do petróleo no ano que vem é um dos componentes que afetou o otimismo da indústria. A associação prevê ainda um menor crescimento do tráfego aéreo e menor expansão da capacidade de transporte.
“Os lucros da indústria não são uniformes. Os benefícios de uma infraestrutura desenvolvida nos Estados Unidos mantêm as companhias americanas entre as que mais lucram. Por uma indústria verdadeiramente rentável, devemos buscar lucros similares em diferentes países”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral da Iata.
AMÉRICA LATINA
A expectativa de lucro para 2016 na América Latina é de U$ 300 milhões. Para 2017, o valor deverá ser menor: US$ 200 milhões.
A previsão é que a demanda pelo meio de transporte aéreo cresça 4% no ano que vem. A associação alerta que, apesar disso, prevê aumento da capacidade de transporte na região em 4,8%, o que pode trazer ineficiência nos gastos.
A Iata lista deficiências na infraestrutura, altas taxas e o aumento de regulação como barreiras à indústria da aviação na região.