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| Em 3 anos atrás

Incentivador do evento, Bolsonaro não vai a abertura da Copa América

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O presidente Jair Bolsonaro decidiu não comparecer ao jogo de abertura da Copa América. O chefe do Poder Executivo se empenhou pessoalmente para que o torneio fosse realizado no Brasil. O primeiro jogo aconteceu neste domingo, com a vitória do Brasil sobre a Venezuela por 3 a 0 no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Bolsonaro postou uma foto pouco após o início do jogo, com a camisa do Brusque, time de Santa Catarina, e escreveu: “Copa América. Boa tarde a todos”. Na imagem, o presidente destaca a transmissão pelo SBT. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, genro de Silvio Santos, dono da emissora, também compartilhou uma foto da transmissão televisiva do jogo nas redes sociais.

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Nenhuma autoridade do governo federal compareceu à tribuna de honra do Estádio Nacional Mané Garrincha. O secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, disse que o Palácio do Planalto não deu justificativas para a ausência “Decisão deles”, afirmou. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também não compareceu. O jogo não conta com público, mas permite a ida presencial de autoridades e da imprensa.

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A decisão de tornar o País sede do evento gerou revolta por acontecer em meio à pandemia do coronavírus, que se aproxima de 500 mil mortos no Brasil. As seleções da Venezuela, Colômbia e Bolívia têm casos confirmados de covid-19 entre seus integrantes Jogadores substitutos tiveram que ser convocados para a seleção da Venezuela jogar hoje.

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Quando anunciou o Brasil como sede da Copa América, o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Dominguez, fez questão de agradecer nominalmente a Bolsonaro. “Quero agradecer muito especialmente ao presidente Jair Bolsonaro e a seu gabinete por receber o torneio de seleções mais antigo do mundo”, disse o dirigente máximo da Conmebol nas redes sociais.

A Argentina abriu mão do torneio depois de a Conmebol não aceitar as exigências feitas pelas autoridades sanitárias, que inclusive eram muito parecidas com as feitas pelo Brasil. Entre as reivindicações do governo argentino estava a redução do número de integrantes das delegações.

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As dez seleções participantes do torneio levariam entre 1 mil e 1,2 mil pessoas ao país vizinho. Também foi pedido que as delegações vacinassem seus membros com ao menos uma dose, além da adoção de rígidos protocolos em meio a um aumento de casos de covid-19 no País. Antes, a possibilidade de a Colômbia receber os jogos foi descartada após o acirramento dos protestos contra o governo local.

Por Lauriberto Pompeu e Felipe Frazão/Estadão Conteúdo

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