Um incêndio florestal deixou ao menos 62 mortos e 59 feridos neste sábado (17) no vilarejo de Pedrógão Grande, no centro de Portugal.
Muitas das vítimas morreram carbonizadas em seus carros enquanto viajavam em uma estrada. Outras pessoas morreram por inalar fumaça.
Ao menos cinco dos mais de 330 bombeiros que tentavam combater as chamas ficaram feridos e veículos da corporação foram destruídos. As causas do incêndio, que começou por volta das 14h (10h em Brasília), não estão claras.
O premiê António Costa disse que o incêndio está relacionado ao clima seco e que ficou chocado pela “dimensão da tragédia”. “Tenho a certeza que todos os meios foram usados e que todas as forças têm dado o seu melhor.”
Neste domingo (18), o governo português decretou três dias de luto nacional. A agenda do presidente Marcelo Rebelo de Sousa foi suspensa até terça (20).
O distrito de Leiria, onde fica Pedrógão Grande, decretou estado de emergência. O vilarejo tem cerca de 4.000 habitantes e fica a 200 quilômetros de Lisboa.
O presidente da Câmara municipal, Valdemar Alves, disse que as autoridades tentaram retirar os residentes das áreas mais afetadas, mas que algumas vilas estavam “em muito perigo, completamente cercadas” pelas chamas.
Ele também afirmou suspeitar que se trata de incêndio criminoso e reclamou da falta de bombeiros.
O presidente Marcelo Rebelo de Souza viajou ao local do incêndio e disse que os bombeiros são “verdadeiros heróis”. “Não era possível fazer mais. Há situações que são imprevisíveis, e quando acontecem não há prevenção possível.”
O premiê António Costa disse que o incêndio está relacionado ao clima seco e que ficou chocado pela “dimensão da tragédia”. “Tenho a certeza que todos os meios foram usados e que todas as forças têm dado o seu melhor.”
Aviões da Espanha irão a Portugal para ajudar a combater as chamas.
“Este incêndio é algo de anormal nos incêndios que têm ocorrido em Portugal”, disse Jaime Marta Soares, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses.
(FOLHA PRESS)