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Categorias: Mundo
| Em 7 anos atrás

Incêndio em Portugal teve “mão criminosa”, diz chefe dos bombeiros

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O chefe da Liga de Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, afirmou nesta quarta-feira (21) ter visto uma “mão criminosa” como causa do incêndio florestal que deixou 64 mortos e 204 feridos no centro de Portugal.

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Soares contestou publicamente a informação oficial do governo de que o fogo teve início por causa de uma trovoada seca -fenômeno atmosférico que ocorre em caso de altas temperaturas e baixa umidade-, quando um raio teria atingido uma árvore.

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A declaração foi feita em uma entrevista a uma rádio e, horas depois, repetida pelo bombeiro na televisão.

Ele disse ver com estranheza a rapidez com que a Polícia Judiciária (PJ), responsável pela investigação, determinou que o incêndio teve causas naturais. O diagnóstico das causas do fogo foi anunciado pela PJ cerca de oito horas depois do começo do fogo, no sábado (17).

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“Gostaria de ver isso apurado melhor porque, quando se viu a trovoada, o incêndio já estava com mais de duas horas de ignição”, afirmou.

A Polícia Judiciária disse que vai convocar o líder dos bombeiros para apresentar sua versão.

Rescaldo

Segundo as autoridades portuguesas, o incêndio na região de Pedrógão Grande já está em situação de rescaldo.

“O fogo não vai progredir mais do que já progrediu. Vamos nos concentrar no interior do perímetro”, disse o chefe da Proteção Civil de Portugal, Vítor Vaz Pinto.

“Vamos ter situações dentro bastante complicadas, mas temos a certeza de que o incêndio não vai progredir mais do que isso”, completou Vaz Pinto. Ele afirmou que, mesmo assim, irá manter na região todos os meios necessários para controlar o incêndio.

Os mais de 2.000 bombeiros que atuavam na região tiveram uma ajuda da natureza desde a noite de terça (20). As temperaturas diminuíram, os ventos ficaram menos intensos e, em alguns momentos, houve chuva intensa na região.

Agora, o país começa a cobrar das autoridades respostas para a tragédia.

Fogo continua

Embora controlado na região de Pedrógão Grande, os incêndios continuam em vários outros pontos de Portugal.

A situação mais preocupante é em Góis -concelho vizinho à região onde houve a tragédia-, que ainda tem duas frentes de incêndio ativa: em Pampilhosa e Arganil.

Nesta tarde, todas as 16 aeronaves de combate as chamas estão concentradas em conter o fogo nesta região, onde 27 aldeias foram evacuadas preventivamente.

Funeral

Às 18h desta quarta (14h de Brasília), acontece a cerimônia religiosa e o enterro do bombeiro Gonçalo Correia, 40, que morreu combatendo o incêndio

O funeral, que acontece em Castanheira de Pera, recebeu uma caravana de políticos e autoridades.

Além do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, vários ministros, secretários de Estado e os líderes dos principais partidos políticos portugueses marcam presença na cerimônia. (Folhapress)

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