A Estação de Tratamento de Água (ETA) Governador Mauro Borges, inaugurada hoje pelo governador Marconi Perillo, foi projetada para garantir o abastecimento de água tratada de Goiânia e Aparecida de Goiânia até 2040, cuja previsão é de chegar a 3 milhões de habitantes nesta data.
Uma das mais modernas da América Latina, a ETA completa as obras do complexo do Sistema Produtor Mauro Borges (SPMB), formado ainda pela Barragem Doutor Henrique Santillo (Barragem do Ribeirão João Leite) e pela Estação Elevatória de Água Bruta. Em 2010, na primeira etapa, com a entrada em operação da Barragem João Leite, foi possível garantir a quantidade de água necessária para o abastecimento da Capital e de boa parte da Região Metropolitana.
A barragem teve papel importante para regularizar a vazão do Ribeirão João Leite e garantir o abastecimento. No final de 2016, entrou em operação o Elevatório de Água Bruta – segunda etapa do complexo, responsável por bombear a água do reservatório para a ETA, quase dois quilômetros rio acima. Uma unidade moderna, com tecnologia que garantiu à Saneago o prêmio Brasil de Engenharia 2010 e o 1º lugar na premiação concedida pela Eletrobrás/Procel/Abes em eficiência energética no saneamento, em 2009. O Elevatório utiliza a força da própria água para gerar a energia que move as turbinas.
Durante boa parte do ano, essa tecnologia vai possibilitar redução significativa no consumo de energia, em um método sustentável de produção. Agora, com a finalização da terceira etapa a partir da inauguração da ETA Mauro Borges, o complexo terá capacidade para produzir 4 mil litros de água tratada por segundo – com possibilidade de expansão para oito mil litros por segundo nos próximos anos; vai duplicar a atual capacidade de produção.
Até o final deste mês, mais de 90 bairros de Goiânia serão abastecidos pela água do SPMB, maior obra de saneamento básico da Região Centro-Oeste e uma das maiores da América Latina. O complexo tem capacidade para reservar 40 milhões de litros de água tratada. “Se trouxermos de 1999 para cá, corrigimos o que já foi investido, dá algo em torno de R$ 560 milhões. Somando ao que vamos investir daqui para frente no “Linhão” até Aparecida de Goiânia, é uma obra que terá custado aproximadamente R$ 1 bilhão”, contabilizou Marconi.
“Por certo, é uma das maiores e mais importantes obras de produção de água tratada de todo o Brasil, em todos os tempos”, apontou. Atualmente, a Saneago concentra esforços para captar recursos no sentido de construir a adutora que interliga o sistema a Aparecida de Goiânia, chamada de Linhão, orçada em R$ 120 milhões. O prazo previsto de execução desta obra, que vai assegurar o abastecimento total do segundo maior município do Estado, é de 18 meses.