"Nesse país, quem paga imposto de renda de verdade é quem tem holerite de pagamento, porque é descontado no pagamento e a gente não tem como não pagar", afirmou Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua prometendo que, proporcionalmente, ricos vão pagar mais Imposto de Renda e pobre vão pagar menos. Depois de não cumprir promessa para 2023, por decisão do governo anterior, e não ser possível fazer isso para este ano, o petista afirmou, em um discurso para representantes de centrais sindicais na última quarta-feira (18), que vai “mudar a lógica: vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”.
Em uma reportagem feita pelo Diário de Goiás, um especialista já afirmou que, apesar do esforço do governo comandado por Lula, em alterar a tabela do imposto de renda este ano, na prática, a revisão será efetivada apenas em 2024. Quem explicou foi o advogado tributarista Frederico Medeiros. Medeiros, que é presidente da subcomissão de estudos de Direito Tributário da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás, crava que a tabela será de fato alterada, mas qualquer modificação neste sentido leva um tempo para ser posto em prática. Leia na íntegra.
Já em relação à fala de Lula, o presidente reforçou o que costuma dizer: “Nesse país, quem paga imposto de renda de verdade é quem tem holerite de pagamento, porque é descontado no pagamento e a gente não tem como não pagar. Mas a verdade é que o pobre que ganha R$ 3 mil reais, proporcionalmente, paga mais do que alguém que ganha R$ 100 mil reais.”
Além disso, o presidente falou ainda que quer a isenção do Imposto de Renda para quem ganha salário de até R$ 5 mil. “Obviamente que isenção de imposto e aumento de imposto precisa de lei, não podemos fazer no grito, a gente tem que construir isso, vamos começar a fazer uma reforma tributária. Gostei da declaração do Haddad de que vamos fazer a reforma tributária no primeiro semestre”, afirmou.
Apesar disso, o petista lembrou que, para haver a mudança, é preciso um esforço conjunto. “É necessário muito convencimento no Congresso, organização da sociedade. A gente não ganha isso se não houver mobilização do povo brasileiro para colocar o pobre no Orçamento da união e colocar o rico no Imposto de Renda”, disse.