Após visita ao Ministério Público de Goiás, o secretário de governo da Prefeitura de Goiânia, Arthur Bernardes, informou que o prefeito Rogério Cruz determinou que seja feita uma ampla auditoria nas contas do IMAS (Instituto Municipal de Assistência aos Servidores). Dívida chegaria, segundo fontes do Diário de Goiás, a mais de R$110 milhões. Os dados não foram confirmados.
O secretário municipal de Governo, Arthur Bernardes, descartou a privatização do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) durante entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (16/02). Ele indicou que as dívidas, segundo relatório apresentado ao prefeito, são de mais de cinco anos.
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Ele falou com a imprensa logo após reunião no Ministério Público de Goiás (MPGO), onde levou o pedido da Prefeitura de Goiânia para que o órgão investigue dívida da autarquia ao longo dos anos. Foi informado que o IMAS estaria pagando mais por uma cesárea do que a UNIMED Goiânia. O mesmo caso seria para colonoscopia.
O secretário afirma que não haverá suspensão no atendimento aos usuários do Imas, e destaca que a meta é garantir a autossutentabilidade do órgão. Um dos pontos mais graves apontado pelo secretário foi a falta de ordem nos pagamentos.
O secretário destaca a determinação do prefeito no sentido de tornar o Imas autossustentável. Para isso, buscará ação conjunta com a Câmara Municipal, sindicatos e órgãos de controle.
O secretário se reuniu com a promotora do Ministério Público de Goiás, Carmem Lúcia Santana, acompanhado da chefe da Casa Civil, Rayssa Melo, procuradora do município, Tatiana Accioly, e secretária executiva da Controladoria Geral do Município, Aline do Espírito Santo Ribeiro.
O caso foi levado pela Prefeitura de Goiânia ao MP depois de o novo presidente do Imas, Jefferson Leite da Silva, tomar conhecimento de dívida milionária na autarquia.
“O prefeito, quando assumiu o mandato, designou para o instituto um presidente e a determinação foi que sempre buscasse a autossustentabilidade do Imas, para que propicie o melhor atendimento e o menor custo possível para o servidor”, destacou o secretário.
“Mas, recentemente, substituiu o presidente e foi comunicado, agora, que existe um problema crônico. Situação que nos faz precisar dos órgãos de controle”, declarou Arthur Bernardes.
Segundo o titular da Secretaria de Governo, a substituição ocorreu com a mesma missão “de melhorar o fluxo, buscar sustentabilidade e entregar um plano de saúde eficiente, como o servidor goianiense merece”.
“Para isso, é preciso uma reformulação. O prefeito Rogério Cruz já foi informado pelo novo presidente do Imas sobre esse problema crônico nos últimos anos, e providências serão tomadas”, acrescentou Arthur Bernardes.
O secretário garantiu que não haverá suspensão de atendimento. Ele informou que será feito um plano de ação para que o servidor não tenha problemas quando precisar dos serviços do Imas.
“O objetivo é tornar o Imas autossustentável. O prefeito, sabendo do cenário, não vai hesitar e dialogará com sindicatos, servidores, órgãos de controle e Câmara Municipal a fim de chegar à melhor resolução para o instituto”, concluiu.