Na tarde da sexta-feira (24) começou o dilema da Camila Vargas Souza, de 21 anos. Camila que estava gravida de oito meses, com três centímetros de dilatação, e o bebê na posição de nascer, precisava de um uma UTI neonatal, pois a criança iria nascer prematura e necessitava de uma incubadora.
Camila fez todos os procedimentos enquanto gestante no Hospital São Domingos, utilizando o plano do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (IMAS), no entanto o hospital não oferecia estrutura adequada para o bebê após o nascimento.
De acordo com o marido da paciente, Matheus Souza o plano utilizado pela Camila, não oferecia nenhuma maternidade neonatal para o caso dela. E eles tiveram que recorrer a uma unidade de saúde pública o Materno Infantil, pois a diária de uma incubadora em uma unidade particular custava de R$ 3 mil a R$ 6 mil.
A cunhada da jovem, Suelen Neves contou que o casal tentou contato com o Imas, no entanto não obtiveram retorno. “Ninguém quis aceitar ela, só o Materno Infantil, quando falava que o plano era do Imas ninguém aceitava ela”, conta a cunhada.
O presidente do o Imas, Sebastião Peixoto admite a deficiência no atendimento devido à falta de pagamento aos fornecedores. Segundo ele apenas 70% dos médicos estão atendendo de forma regular. No entanto, a situação será normalizada logo, pois a prefeitura liberou cerca de R$ 35 milhões, afim de regular a situação dos fornecedores.
Camila teve o bebê no Hospital Materno Infantil, pois ao procurar o Imas não obteve nenhuma resposta, e estava prestes a ganhar a criança.
De acordo com o presidente, a jovem poderia ter procurado as unidades de saúde que segundo ele ofereciam estrutura adequada para a criança, sendo eles, o Hospital Infantil de Campinas, o Hospital da Mulher e o Hospital da Criança.
A reportagem entrou em contado com os três unidades citadas pelo presidente. A atendente do Hospital Infantil de Campinas confirmou a estrutura de UTI neonatal, ainda disse que o plano do Imas cobriria os gastos da família, no entanto, as incubadoras estavam lotadas e não tinha vaga. O Hospital da Criança também oferece a estrutura, e faz atendimento pelo Imas. No entanto o Hospital da Mulher informou que não tem UTI neonatal.