A administração de uma dose extra de vacina em moradores de asilos e abrigos de Aparecida de Goiânia começa nesta quarta-feira (1). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), são cerca de 300 residentes em instituições de longa permanência que tomarão o reforço.
A administração da terceira dose do imunizante ocorrerá por meio de visitas de equipes da SMS nas cinco instituições nas quais residem os idosos do município.
A aplicação do reforço também ocorrerá para a população em geral, acima de 70 anos, a partir do dia 15 de setembro, em todos os oito postos que já aplicam a segunda dose.
Segundo estimativa da SMS, mais de 20 mil pessoas nessa faixa etária já receberam duas doses da vacina ou dose única e estão aptas para serem imunizadas com o reforço. Para esse grupo receber a terceira dose do imunizante será necessário respeitar o intervalo de seis meses após a última dose do esquema vacinal (segunda dose ou dose única), independente da vacina aplicada.
Além deles, as pessoas com alto grau de imunossupressão também deverão receber a terceira dose a partir do dia 15 de setembro, em oito postos. Nesses casos, o intervalo para a dose de reforço deverá ser de 28 dias após a última dose do esquema básico, também independentemente da vacina aplicada. De acordo com a Secretaria, cerca de duas mil pessoas desse grupo devem receber o reforço.
“Por enquanto, apenas idosos que vivem em abrigos, idosos com mais de 70 anos e imunocomprometidos estão indicados para receber essa dose de reforço. O ministério está acompanhando a resposta da população à campanha de vacinação e se necessário poderá considerar a administração de doses adicionais para outros grupos. Mas, por enquanto, apenas esses”, afirma a coordenadora de Imunização de Aparecida, Renata Cordeiro.
Sobre o tipo de vacina indicado para a terceira dose, a gestora explica que ela poderá ser diferente daquelas aplicadas na primeira e segunda vez: “A recomendação é que a vacina a ser utilizada como terceira dose seja, preferencialmente, da plataforma de RNA mensageiro, ou, de maneira alternativa, vacina de vetor viral. Isto é, poderá ser da Pfizer, Janssen ou AstraZeneca, independente de qual tenha sido administrada até então.
Quem são os imunossuprimidos
São considerados desse grupo as pessoas com imunodeficiência primária grave; em quimioterapia para câncer; transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras; pessoas vivendo com HIV/Aids com CD4 <200 céls/mm3; pessoas que fazem uso de corticóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias; pessoas que fazem uso de drogas modificadoras da resposta imune; pacientes em hemodiálise; pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas (reumatológicas, auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias).