O IBGE vê sinais de que a retração da atividade econômica perdeu intensidade no terceiro trimestre.
O recuo da atividade, verificado desde o início de 2015, teve a variação mais expressiva no segundo trimestre deste ano.
Já no terceiro, a queda foi menos intensa.
Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE, leva em consideração em sua análise a variação do PIB acumulada em quatro trimestres (o que daria uma medida semelhante aos últimos 12 meses ou último ano).
No segundo trimestre, o recuo nessa medida havia sido de 4,7%. No terceiro, a queda foi menor: -4.4%.
Com isso, diz ela, embora o resultado do trimestre pareça pior, pois todas as contas do PIB aparecem no negativo, não se pode dizer que a recessão continuou se aprofundando.
O consumo das famílias seguiu em retração no terceiro trimestre deste ano, mas a queda também foi menos intensa.
Para Palis, isso pode ter relação com a moderação da inflação entre julho e setembro deste ano.
A queda do setor no trimestre foi de 0,6%, menor do que a registrada nos dois trimestres anteriores.
A comparação é ante os três meses imediatamente anteriores.
Apesar dos sinais de “despiora”, a técnica é cautelosa em falar em indícios de recuperação.
“Temos que esperar mais um pouco, este ano parece que já contratado. Mas temos que esperar o que vai acontecer”, disse.
Folhapress