Pela primeira vez o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) investigou o consumo de álcool: um em cada quatro brasileiros ingeriu bebida alcoólica ao menos uma vez por semana ao longo de 2013. Um pouco mais de um em cada dez (13,7% da população) relatou consumo abusivo – cinco ou mais doses em uma única ocasião nos últimos 30 dias. E, entre aqueles com carteira de motorista, 24,3% disseram ter dirigido depois de beber. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada nesta quarta-feira, 10, pelo IBGE.
Os homens bebem mais do que as mulheres. O uso habitual de álcool foi de 36,3% para eles e 13% para elas. O consumo abusivo também foi relatado mais por homens – 21,6% ante 6,6%.
O Sul é a região do País com maior prevalência de consumo habitual de bebida alcoólica (28,4%); com destaque para o Rio Grande do Sul, onde 47% dos homens responderam que bebem ao menos uma vez por semana. O Nordeste foi a região com maior proporção de homens que relataram o consumo abusivo (25,5%). Chamam a atenção os Estados da Bahia (29,4% dos homens) e Piauí (28,5%).
O consumo de bebida alcoólica começou por volta dos 18 anos, sem grandes variações entre as regiões.
Cigarro
Ao contrário do consumo de álcool, o hábito de fumar está em declínio. Em 2008, 18% da população fumava ou usava outros derivados de tabaco, apontou a Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab/IBGE). Cinco anos depois, esse índice havia caído para 15% da população com mais de 18 anos; ou 21,9 milhões de pessoas.
Os homens fumavam mais do que as mulheres – 19,2%, ante 11,2%. A maior proporção está entre a faixa etária de 40 a 59 anos (19 4%); entre os mais jovens, o índice é mais baixo – de 10,7%, entre as pessoas com 18 a 24 anos.
“Há uma boa notícia em relação à queda do uso do tabaco. O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer tiveram ações fortes para o controle do tabagismo, como a proibição de fumar em ambientes fechados, os alertas dos maços de cigarro, 52% pensaram em parar de fumar por causa dessas imagens, a proibição da propaganda. Há uma meta global pela redução do tabagismo. A bebida ainda é mais socialmente aceita”, afirmou a gerente da PNS, Maria Lucia Vieira.
A proporção de pessoas que declararam ter parado de fumar foi de 17,5%.