Os hospitais, laboratórios, clínicas e demais estabelecimentos de saúde credenciados pelo Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) suspenderão o atendimento aos usuários do Instituto. A paralisação de advertência começou nesta segunda-feira (26) e segue até sexta-feira (2). Apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos.
De acordo com o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), a decisão de interromper temporariamente o atendimento se deve aos constantes atrasos nos pagamentos dos atendimentos prestados. A paralisação foi aprovada no dia 23/02 em assembleia geral realizada na sede do Sindhoesg.
Por meio de nota, o sindicato informou que a dívida com um dos prestadores a dívida ultrapassa R$ 1,2 milhão e se arrasta desde 2016. Eles cobram que todos os pagamentos sejam liberados na mesma data. Ainda de acordo com a entidade, a quitação tem sido seletiva, com o pagamento de uns, enquanto outros acumulam faturas vencidas.
Uma nova assembleia será realizada no dia 21 de março, para avaliar a situação e a continuidade do atendimento aos cerca de 25 mil usuários do Imas.
IMAS
Por meio de nota, a diretoria do Imas informou que não foi notificada da intenção dos prestadores de interromperem suas atividades.
“O prazo contratual para pagamento dos prestadores é de 90 dias, o que tem sido observado. Eventuais atrasos, no entanto, estão associados à burocracia inerente aos processos de pagamentos, que exige a apresentação de vasta documentação por parte do credenciado e cuja falta dela em qualquer fase do processo de pagamento exige, por disposição legal, que se abra diligências para completá-la, o que acaba atrasando os pagamentos. O IMAS realiza, mensalmente, cerca de 1.300 pagamentos aos seus credenciados.
Outra particularidade nos pagamentos efetuados pelo instituto diz respeito aos processos indenizatórios, assim caracterizados aqueles cuja dotação contratual tenha excedido o valor estabelecido ou decorrentes da prestação de serviços sem a cobertura contratual. Nesses casos, a burocracia é ainda maior, exigindo uma auditoria dos serviços prestados e a concomitante abertura de processo para pagamento. Desde o início da gestão, o IMAS reduziu em cerca de 80% os pagamentos por essa modalidade e deve, até março, zerar todos os pagamentos pendentes.
Como um dos maiores planos de saúde do País, o terceiro do Estado de Goiás, com quase 84 mil associados, é natural que ocorra o credenciamento e descredenciamento de prestadores, que entre pessoas jurídicas e pessoas físicas chegam a quase 2 mil prestadores”, diz a nota.