Entre os dias 16 de novembro e 4 de abril a Prefeitura de Goiânia adotou horário de expediente reduzido com o objetivo de diminuir o custo do funcionamento da máquina municipal. Cinco meses depois, a Prefeitura informou que a economia foi de R$ 6,9 milhões.
A redução de duas horas do expediente trouxe economia mensal de R$ 1,3 milhões à administração municipal. Segundo a Prefeitura, parte do recurso será utilizado para a construção de dois Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei).
“Precisamos estancar os efeitos da queda de receita que a Prefeitura ainda enfrenta, a exemplo do que acontece com outras administrações públicas do país. Quando o cenário é de crise, a primeira coisa que o cidadão deixa de pagar é imposto”, afirmou o secretário municipal de Finanças, Jeovalter Correia.
De acordo com dados do Tesouro Municipal, a Prefeitura teve perda real de 5,19% em receita tributária nos últimos 12 meses, considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Durante o período de vigência do horário extraordinário, a queda foi de 2,96%.
“Temos menos dinheiro em caixa, mas nossas despesas aumentam. Alunos deixam escolas particulares e se matriculam na rede pública, cidadãos cancelam plano de saúde e passam a demandar atendimento no sistema público. Também somos impactados pela inflação, pelo aumento da energia, do combustível, da água, entre outros efeitos. Precisamos nos moldar à realidade atual para garantir o funcionamento da administração, os investimentos na cidade e o pagamento em dia dos servidores”, ressaltou Jeovalter.
O custo de funcionamento nos últimos meses foi de R$ 6,3 milhões, em novembro; R$ 5,5 milhões em dezembro; R$ 4,7 milhões, em janeiro; R$ 5,1 milhões, em fevereiro; R$ 5,4 milhões, em março; e R$ 3,9 milhões, em abril.
Ainda segundo levantamento da Prefeitura, a maior redução de custo foi de energia elétrica, com aproximadamente R$ 3,2 milhões que deixaram de ser gastos, seguido de combustível, com redução de R$ 1,1 milhão.