Fernando Chaves de Amorim foi preso em ação realizada nesta sexta-feira (28) pelo Ministério Público de Goiás. Ele é suspeito de participar de fraudes em licitações, utilizando empresas de fachada para vencer os processos que visava a prestação de serviços de transporte. Em Acreúna foi detectada irregularidade em licitação relativa ao transporte escolar. Outras pessoas também foram presas na ação.
O suspeito é dono de pelo menos 9 empresas, algumas são apenas de fachada e utilizadas para participar de licitações. Em Acreúna, representante de uma empresa que perdeu licitação realizada no primeiro semestre deste ano levou a suspeita de fraude a vereadores. O participante percebeu que Fernando participou da licitação com a esposa Nauana Karla Mendes Lima.
Vereadores de Acreúna foram investigar e identificaram que no endereço informado como sede da empresa, nada havia. O caso foi levado ao Ministério Público que passou a apurar se havia ou não fraudes. Foi constatado que Fernando havia participado de licitação em Montívidiu. O pregoeiro identificou fraude.
Segundo o Ministério Público, um dos perdedores do processo levou a documentação de Fernando que foi o vencedor. O pregoeiro suspeitou da fraude e anulou a licitação. Fernando foi preso na casa dele em Campo Limpo de Goiás. Na casa dele foi encontrado um cheque no valor de R$ 120 mil e uma arma de fogo.
De acordo com o promotor Sandro Halfeld Barros, titular da Promotoria de Acreúna, a prefeitura local chegou a pagar R$ 500 mil. Um agente público está sendo investigado por possível participação na fraude.
Além de Fernando e Nauana, também foi preso Fábio Chaves de Amorim, irmão de Fernando e ainda um homem que agia como agenciador. Foram cumpridos pelo Ministério Público de Goiás, mandados de busca e apreensão, inclusive no setor de Licitações da Prefeitura de Acreúna.
O serviço de transporte escolar foi suspenso em Acreúna e uma nova licitação foi aberta no último dia 26. As empresas de Fernando prestam serviço em pelo menos 30 municípios. Até o momento, o Ministério Público não soube afirmar se ocorreram fraudes em outras localidades.