Indiciado pela morte dos pais, em Jaraguá, Marcos Antônio da Silva, de 33 anos, foi julgado e condenado por homicídio duplamente qualificado. O julgamento pelo júri popular conseguiu a condenação do réu a pena de 50 anos, 4 meses e 15 dias de prisão. Os crimes foram cometidos em 20 de outubro de 2017, na casa onde os três viviam.
De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), Marcos teria brigado com o pai no dia do assassinato. Em meio a discussão, iniciada após José Antônio da Silva questionar ao filho onde ele teria passado a noite, Marcos o asfixiou e esfaqueou. Ao tentar intervir na briga, Sirlene Ferreira da Silva, a mãe, foi derrubada pelo agressor e teve a cabeça batida contra o chão diversas vezes, até morrer.
Na tentativa de fuga, o assassino se envolveu em um acidente na BR-153, foi socorrido e levado ao Hospital Municipal de Jaraguá, e após atendimento, foi conduzido para a delegacia onde confessou o duplo homicídio. O crime teve a inclusão de qualificadoras que aumentaram a pena: motivo fútil, meio cruel e sem chance de defesa das vítimas, além de feminicídio, por atentar contra a vida da mãe.
A defesa de Marcos Antônio entrou com pedido para realização de exame de sanidade mental ao longo do processo, mas foi negado. Na dosagem da pena, a juíza Zulailde Viana Oliveira levou em conta confissão do réu e os agravantes dos crimes terem sido praticados contra os pais. Marcos está preso desde de 2017 e deverá cumprir a pena em regime fechado, sem poder recorrer da sentença em liberdade.