O jornalista Luan Araújo, perseguido pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) com arma de fogo no dia anterior ao segundo turno das eleições, em outubro, entrou com solicitação de abertura de processo criminal junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Luan pediu ao ministro Gilmar Mendes que Zambelli seja julgada pelos crimes de racismo, ameaça, perigo à vida de outrem e constrangimento ilegal.
De acordo com o portal UOL, o advogado Renan Bohus, que assina a petição para abertura do processo contra a deputada, afirma que aguarda somente o resultado da perícia de imagens para saber quem efetuou os disparos. Se for comprovado que os tiros foram disparados na direção de Luan, outro crime diferente poderá ser caracterizado.
Cabe ao ministro Gilmar Mendes, relator da ação no STF, e ao Ministério Público, determinarem se o pedido procede ou não. Por meio de sua assessoria, a deputada afirmou ao UOL que, no momento, estuda quais medidas podem ser tomadas contra Luan Araújo. De acordo com Zambelli, o jornalista a teria xingado durante a discussão, motivando a confusão.
Na última terça-feira (20), Gilmar Mendes suspendeu a autorização de porte de arma da deputada. Após a decisão, a ministra teria até 48 horas para entregar voluntariamente a pistola que usou quando perseguiu o jornalista, em São Paulo. Como a deputada está em viagem fora do Brasil em missão especial, o prazo, que terminaria nesta sexta-feira (23), será prorrogado.
Mendes atendeu a um pedido da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, no processo que apura a conduta da deputada. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as medidas cautelares são necessárias para impedir a repetição de porte indevido de arma para defesa da honra e resguardar a ordem pública. A advogada de Zambelli alega que vai recorrer.
Com informações do Portal UOL