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Cidades
| Em 4 meses atrás

Homem é multado em R$ 50 mil por soltura irregular de peixes em lago da capital

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Um homem acusado de soltar irregularmente peixes exóticos no lago do Parque Antônio Wagno Codó, no setor Parque das Flores, em Goiânia, foi multado em R$ 50 mil. A prática é considerada crime ambiental visto que a soltura clandestina foi realizada em local com vazante para o Rio Meia Ponte, o que impacta a fauna local.

A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) identificou a soltura de cerca de dois mil peixes exóticos, então autuou o responsável e encaminhou o caso para instauração de inquérito policial por parte da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema). A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semad) irá realizar análise para monitoramento dos peixes.

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De acordo com o relatório técnico do órgão ambiental competente, foi possível identificar algumas das espécies soltas no lago, como a carpa (Cyprinus carpio), pirarara (Phractocephalus hemioliopterus), tilápia (Oreochromis niloticus e Coptodon rendalli) e pintado real (espécie híbrida), entre outras espécies, todas exóticas, considerando a bacia hidrográfica de Goiânia.

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Crime ambiental

A Gerência de Proteção e Manejo da Fauna destaca que as solturas indevidas podem causar o declínio das populações locais, com a provocação de competição entre as espécies, e o desequilíbrio do ecossistema. O órgão reitera que a prática altera o pool genético das populações, afetando a proteção da diversidade genética e morfológica dos estoques, além da gestão do ecossistema, respeitando a capacidade de suporte e recomposição da área.

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Nos 25 parques públicos de Goiânia que possuem lago há placas que alertam sobre a proibição de nadar e pescar, com base na legislação do Plano Diretor de Goiânia, instituído pela Lei Complementar Municipal 349/2022, e pelo Decreto Federal 6514/2008. A Amma orienta que é proibido realizar solturas de animais nos parques da cidade, e que a ação pode provocar dano ambiental.

Além disso, a Amma faz o monitoramento de todos os lagos em parques da cidade. O manejo das espécies é indicado apenas quando há realmente riscos ao meio ambiente.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.