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Política
| Em 3 anos atrás

Henrique Arantes vê aliança com Caiado consolidada e diz que Vanderlan é pré-candidato ao governo

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Quase três meses após o anúncio da união, o deputado estadual Henrique Arantes (MDB) afirma que a aliança entre seu partido e o governador Ronaldo Caiado está consolidada. Para o parlamentar, Caiado e Daniel Vilela estão alinhados num projeto comum.

“Vejo que está bem consolidada a chapa. Até pela proximidade de Caiado com Daniel, é algo consolidado”, disse ao Diário de Goiás. O deputado também argumenta que a escolha do governador pelo MDB era óbvia. “É o partido mais sólido do estado. Tem capilaridade, liderança, uma bancada sólida de deputados e é importante na disputa de eleições”, completou.

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A resistência que havia dentro da sigla à aliança, conforme o deputado, pode não ser totalmente superada, mas há apoio majoritário à decisão tomada em setembro. “Um partido com muitos líderes não tem como ter um pensamento uníssono. Há lideranças que não estão 1000% pacificadas, mas a grande maioria está unida”, destacou.

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Uma das lideranças que destoa da maioria é o pai de Henrique, Jovair Arantes. O ex-deputado federal já declarou que caminhará com Gustavo Mendanha. Para o parlamentar, a decisão do pai é natural. “Ele tem o pensamento dele, eu o meu. Ele teve uma aproximação muito grande com o Gustavo do começo do ano para cá. Ele tem essa dificuldade de fazer essa composição”, pontua.

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Resta, porém, a definição do nome que vai compor a chapa majoritária como candidato ao Senado. Para Arantes, quem desponta com mais força é Henrique Meirelles, pré-candidato pelo PSD. “Pela minha visão, Henrique Meirelles está na frente. O perfil de Meirelles é o que Caiado gosta, alguém técnico, com nível intelectual alto”, avalia o parlamentar.

Deputado vê Vanderlan na oposição

Antes, Gustavo Mendanha despontava como o principal nome da oposição a Ronaldo Caiado. Porém, para Henrique Arantes, o senador Vanderlan Cardoso também deve entrar no jogo. Recentemente, o pessedista afirmou que Daniel Vilela atrapalharia a aglutinação de partidos em torno do projeto de reeleição e sugeriu que a filha de Iris Rezende, Ana Paula Craveiro, compusesse a chapa. A sugestão foi imediatamente rechaçada pelo democrata.

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Para Arantes, os movimentos de Vanderlan mostram disposição para liderar mais uma chapa oposicionista. “Vanderlan está indo muito ao interior e fazendo carreata com prefeitos. O vejo como pré-candidato a governador. Já falava isso antes. Acredito que isso deve acontecer”, avalia.

Presidente do MDB Metropolitano, Carlos Júnior também já declarou que vê o senador como pré-candidato ao Palácio das Esmeraldas. No entanto, de acordo com Henrique Arantes, se quiser tocar um projeto para o governo, Vanderlan terá que fazê-lo longe do PSD. “Vilmar Rocha é homem de palavra e deu o compromisso de uma eventual chapa de Senado. Se o Vanderlan quiser outro tipo de projeto, deve sair”, ponderou.

Com mais uma chapa de oposição e a demora para que Mendanha encontre um partido, Arantes vê a base governista fortalecida. “Sem um candidato, perde-se espaço. O MDB conseguiu se reorganizar bem e manter 95% dos seus quadros de eleger o Daniel para vice-governador justamente por a oposição não estar organizada. Se estivesse, poderíamos ter uma cisão maior no partido. Vejo o projeto da oposição como um formigueiro quando se joga água em cima, cada um correndo para um lado. Vejo o governo com ações estratégicas, ações em Aparecida para tentar desmobilizar o adversário no seu principal reduto político”, destaca.

Ele ainda avalia que os ruídos entre os apoiadores de Caiado pela aliança com o MDB fazem parte do jogo. “Na política todo mundo quer espaço. Você só conquista se incomodar alguém. Ninguém vai chegar e te ungir. Você só consegue conquistar espaço se incomodar, brigar com quem está naquele lugar”, argumenta.

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Rafael Tomazeti

Jornalista