O gerente de doações do Hemocentro de Brasília, Rodolfo Duarte, disse ontem (16) que na semana anterior ao carnaval houve muita doação de sangue na unidade. Mesmo sem o balanço mensal fechado, Duarte conta que o período bateu recorde de atendimento. “Foi a semana pré-carnaval com maior procura de doadores na história do Hemocentro. A população de Brasília realmente atendeu ao chamado e compareceu para fazer as doações”. Ele destacou que a participação dos brasilienses trouxe tranquilidade ao hemocentro de ter um estoque satisfatório e fazer o atendimento de 100% das demandas.
Na manhã desta segunda-feira de carnaval, as pessoas acordaram cedo e foram doar sangue. Mesmo com o fluxo mais baixo que o normal, devido ao feriado, o Hemocentro de Brasília continuou recebendo doadores até o meio-dia e, segundo Rodolfo Duarte, a todo momento chegavam pessoas ao local.
O açougueiro Rafael Santos passou por lá. “Para mim, segunda de carnaval significa ajudar o próximo. Não é só curtir, mas ajudar aquela pessoa que está precisando”. Ele destacou que a cada três meses faz uma doação. “É uma coisa necessária e tem muita gente que precisa.”
Adriana Calixto, que aproveita o carnaval para estudar, aguardava sua vez de coletar o sangue. “Nesta época, as pessoas abusam tanto [e por isso] têm um maior índice de acidentes. Acredito que os hospitais fiquem mais carentes em relação à doação de sangue. É uma forma de ajudar mesmo sem saber a quem”.
A presença da população vai ajudar os hospitais de Brasília a manterem os estoques no feriado. Duarte afirma que nesses períodos de festas as pessoas ficam mais expostas ao “pegar as estradas”, por exemplo, e, por isso, é importante manter o fluxo de doadores. Com o aumento de conscientização dos brasilienses, a cidade não corre o risco de ficar desabastecida.
“É bom lembrar que todos os tipos sanguíneos são bem-vindos. Especialmente aqueles doadores com tipagem negativa já que a saída e a usabilidade é maior. Temos pacientes que usam sangue diariamente nos hospitais e temos que distribuir esse sangue de forma ininterrupta”, ressaltou o gerente do hemocentro.
Duarte lembra que todo o processo, desde a captação até a transfusão do sangue, é monitorado. O material usado pelos doadores é descartável e todo sangue coletado passa por diversos exames antes de ser levado para os pacientes. Quem pretende doar deve ficar atento aos critérios.
No site do hemocentro são dadas todas as orientações. O auxiliar administrativo Werbeth Lima foi convidado por um grupo da igreja que frequenta. Mas como estava em jejum, acabou não doando. Mesmo assim, ele pretende voltar outro dia. “É muito importante doar. Pode salvar vidas”.
O Hemocentro de Brasília fecha nesta terça-feira (17) e retoma a coleta na Quarta-feira de Cinzas (18), a partir das 14 horas. Na quinta-feira (15), o atendimento volta a ser regular, das 7h às 18h.
Com informações da Agência Brasil