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Cidades
| Em 4 anos atrás

Hemocentro busca doadores de plasma para estudo sobre tratamento da Covid-19

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O Hemocentro Coordenador Estadual Professor Nion Albernaz está desenvolvendo uma pesquisa sobre o uso do plasma convalescente de pessoas curadas da Covid-19 no tratamento de pacientes graves com o coronavírus Sars-CoV-2. Para isso, os pesquisadores pedem que mais pessoas se voluntariem a doar sangue.

O estudo foi lançado em julho e, de lá para cá, 134 pessoas se candidataram para a doação do plasma. Destas, 53 foram consideradas aptas a doar; outras 11 aguardam a avaliação. Há indícios científicos de que doentes que recebem a doação do líquido têm recuperação mais rápida, menor tempo de internação em UTI e um menor risco de morrer dessa infecção.

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Segundo os profissionais que trabalham no projeto, o número de doadores ainda está abaixo do necessário. “A meta é utilizar o plasma em cem pacientes [internados em estado grave]. Por isso, o número de doadores tem de ser grande”, destaca a diretora-médica do Hemocentro de Goiás, Alexandra Vilela Gonçalves.

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A diretora explica que todos os procedimentos são feitos de forma segura e praticamente indolor, semelhante a uma doação de sangue tradicional. Para evitar aglomeração, os atendimentos são marcados. “Tudo é feito por agendamento e o voluntário não vai pegar fila. A pessoa tem um horário exclusivo. Na primeira consulta, ela passa por uma triagem e é realizada a coleta de sangue para saber se a pessoa está bem de saúde e se foi realmente infectada pela Covid-19”, destaca Alexandra.

Os exames ficam prontos em quatro dias e mostram se o voluntário está ou não apto a participar da pesquisa. “A gente tem uma dificuldade porque nem todo doador tem o nível de anticorpo adequado. Outros não são aprovados, porque o exame de sangue aponta problemas de saúde como, por exemplo, anemia”, explica a diretora-médica.

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Os critérios básicos para se inscrever na pesquisa são ter sido infectado pelo novo coronavírus, se recuperado e estar sem sintomas há mais de 14 dias. Os candidatos devem ter idade entre 18 e 60 anos, e, no mínimo, 60 quilos. No caso de mulheres, elas não podem ter histórico de gestação. “Quem teve gestação prévia pode desenvolver anticorpos que podem provocar alergia durante a transfusão”, afirma a médica.

Mais informações sobre a doação podem ser obtidas pelos telefones 3201-4101 e 3201-4570. Também pelo e-mail plasma.hemocentro@idtech.org.br.

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A pesquisa

O Hemocentro está com duas linhas de pesquisa. Uma para avaliar o desenvolvimento de anticorpos contra o coronavírus e outra estuda a possibilidade de aplicar o plasma no tratamento de pacientes da doença em estado grave. As iniciativas já foram aprovadas pela Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep). Ao todo, 12 pesquisadores da área da saúde integram o projeto.

Sobre os anticorpos, a pesquisa levanta a hipótese de que administração de plasma convalescente – com anticorpo neutralizante contra o vírus – possa trazer uma recuperação mais rápida ao estado clínico dos pacientes. Por estar em fase de estudo, a eficácia desse tipo de tratamento ainda requer comprovação científica.

Já a outra pesquisa prevê que o material seja oferecido para pacientes internados, em estado grave, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) e na Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), unidades referência no atendimento de pacientes com Covid-19 em Goiânia, além do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), quando houver paciente internado com a doença na unidade.

A meta é que até dezembro todos os dados sejam analisados e os resultados de Goiás apresentados ao Ministério da Saúde. “Queremos contribuir com a saúde do Brasil e dos goianos”, afirmou Alexandra Vilela.

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