Segundo análise da Polícia Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ataque hacker que acessou dados pessoais de funcionários do tribunal foi maior que o que se imaginava anteriormente e ocorreu neste ano.
Teriam sido acessados pelo invasor dados de endereços e telefones, no Portal do Servidor, que não tem relação com o processo eleitoral. Antes, o TSE acreditava que os dados roubados eram do período entre 2001 e 2010. As informaçõs foram divulgadas na internet no último domingo (15), dia do primeiro turno. Todos os dados foram analisados pela PF e pelo TSE.
A apuração inicial aponta que o ataque aconteceu antes de setembro, pois o material não mostra informações registradas nos arquivos do TSE após o dia 2 daqueles mês.
Ataque neutralizado
O TSE informou que a tentativa de ataque hacker do último domingo consistiu em múltiplos acessos vindos do Brasil, Nova Zelândia e Estados Unidos. Este, porém, foi “repelido a tempo e não se conseguiu entrar no sistema”, segundo o presidente do tribunal, Luis Roberto Barroso.
A PF já identificou que a origem do ataque foi em Portugal, e agora apura se há algum tipo de ação coordenada para tentar deslegitimar o processo eleitoral. Segundo o TSE, esses ataques não afetam a votação porque as urnas não estão ligadas à internet. Portanto, os equipamentos não são vulneráveis a ataques.
Foi montada uma comissão no TSE para acompanhar as investigações sobre os ataques cibernéticos. A Comissão de Segurança Cibernética está sob comando do ministro Alexandre de Moraes. O grupo ficará responsável por estudos de ações de prevenção e enfrentamento às ações dos hackers.