A Coluna BR18, do Estadão teve acesso a prints de mensagens que o hacker que acessou o Telegram do conselheiro Marcelo Weitzel na noite da última terça-feira (11/06). Em mensagem enviada a um grupo de conselheiros do Ministério Público no aplicativo de mensagens, o suposto hacker declarou que acessava quem ele quisesse e que existiam irregularidades na Lava-Jato “que a população, inclusive vocês, deveriam saber”.
De acordo com os prints, as mensagens foram encaminhadas as 09h21. Segundo o suposto hacker, ele mandou as mensagens para que alguém avisasse o conselheiro que ele poderia acessar normalmente sem celular. “Eu já retirei o 2FA que havia inserido no Telegram dele”. O método de verificação em dois fatores pode permitir que o hacker visualizasse e inserisse mensagens. No entanto deixou o aviso: “Ele já pode resgatar a conta dele, e que vocês saibam que eu apenas acessei a lava jato pois havia irregularidades que a população, incluindo vocês deveriam saber”. Antes ele anunciou suas capacidades de invasão: “Eu acesso quem eu quiser, quando eu quiser e pode ter verificação em 10 etapas”, insinuando que sua capacidade de invasão não é rasa.
O mesmo hacker deixou mensagens no fim da noite de ontem ao mesmo grupo: Disse que os vazamentos de conversas reveladas pelo site The Intercept Brasil envolvendo o então juiz Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol seria apenas “uma amostra do que vocês vão ver na semana que vem”. E após os conselheiros responderem com ares de questionamento o invasor se apresentou formalmente: “Aqui é o hacker”.