Marcelo Queiroga ao lado do presidente Jair Bolsonaro (Foto: Redes Sociais)
O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não vê motivos para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha tomado a vacina contra a Covid-19 escondido. Para ele, o que houve foi a inclusão do registro de vacinação no sistema do SUS realizada por um hacker.
“Bolsonaro jamais diria que não tomou vacina tendo tomado. Jamais faria isso. O Bolsonaro tomar vacina escondido, isso não existe. Na minha opinião, um hacker entrou lá e incluiu essa informação”, disse à CNN neste sábado (18/02).
De acordo com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho há registros no cartão de vacina do político datado do dia 19 de julho de 2021. O imunizante seria a Janssen. O que será investigado agora é se de fato, Bolsonaro teria se vacinado ou adulterado o documento. Segundo o documento, o ex-presidente teria recebido uma dose da vacina Janssen.
“Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar”, destacou. Bolsonaro era um crítico ferrenho da vacinação contra a Covid-19 chegando a divulgar dados falsos sobre a imunização.
Os dados indicam que a vacinação ocorreu no bairro de Perus, na cidade de São Paulo. Até o dia 18 de julho, o ex-presidente estava internado no Hospital Vila Nova Star, em uma das suas peregrinações médicas para tratar uma obstrução intestinal. No dia 19 de julho, Bolsonaro retornou a Brasília. Teria sido nessa data que o político recebeu a dose.
Mas o ministro explicou à CNN que pode ter havido adulteração e desde o dia 30 de dezembro há uma investigação em curso para apurar o assunto. “Se há anotações no cartão de vacina dele [Bolsonaro], do DataSUS, de que ele se vacinou e se houver uma inserção indevida de anotações sobre a vacina dele, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou de retirar informações relativas à sua vacinação, nossa expectativa é que, com a apuração, a gente descubra se isso aconteceu”, pontuou.