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Cidades
| Em 4 anos atrás

‘Há risco de novas paralisações no transporte’, afirma presidente do SET

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Há novos riscos de novas paralisações no transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia durante as próximas semanas, embora haja um esforço por parte das empresas para que isto não ocorra. Apesar de tudo, o Poder Público e as Prefeituras devem se engajar para junto com as operadoras buscarem uma solução. “A gente vai ter problema se não houver algum tipo de ação muito rápida”, pontuou o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET), Adriano Oliveira em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia.

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Questionado pelo jornalista Altair Tavares se poderia haver novas paralisações num futuro próximo, Oliveira ponderou que alertas já haviam sido feitos com relação a interrupção do serviço neste último final de semana, e que se uma solução paliativa e emergencial para atenuar a crise financeira das empresas há risco de outras interrupções no serviço.

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“Nós alertamos para esse evento. Viemos alertando há muito tempo. Fizemos um alerta maior há duas semanas porque já sabíamos dessa questão do décimo terceiro, então, de fato, a gente vai ter problema se não houver algum tipo de ação muito rápida, a gente vai ter um grande problema para atravessar esse período de início de ano.”

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Oliveira pontuou que janeiro e fevereiro são meses de queda natural na demanda do sistema, que será acentuada com boa parte das atividades presenciais suspensas. “Lembrando que nesse início de ano, por mais que a gente já não esteja tendo os estudantes hoje no sistema, mas as pessoas viajam, diminui naturalmente de passageiros em janeiro e fevereiro. Muitos feriados, isso será um problema para o transporte e vai ser um período muito difícil.”

O sindicato é contra paralisações, pondera Adriano

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Apesar do alerta de novas paralisações, Adriano podera que as empresas são contra quaisquer interrupções no serviço. “No que depender das empresas, como dependeu que a gente fizesse um entendimento com os trabalhadores para que eles voltassem ao serviço hoje, sempre faremos. E é importante dizer, as empresas do Sindicato e o Sindicato são contrários a qualquer tipo de paralisação. Nós, não só não promovemos como somos contra. A gente não gosta disso.” 

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Porém, também pontuou que a paralisação neste último semana foi ‘inevitável’, haja vista a situação financeira que os funcionários viviam, sem receber parcelas do décimo terceiro e com o pagamento do salário de novembro comprometido. “As vezes é inevitável, como foi nessa semana por uma atitude espontânea dos trabalhadores, eles resolveram parar, mas com responsabilidade sem baderna e da mesma forma, tiveram a consciência de que era necessário dar mais um voto de confiança para que a gente pudesse voltar hoje. Mas sim, a situação continua tão grave como antes.”

Descompromisso com o transporte

Adriano também ponderou que há um ‘descompromisso’ com o sistema de transporte por parte da atual gestão da Prefeitura de Goiânia. “É muito ruim esse descompromisso da atual gestão com o transporte. Se a gente tivesse tido, pelo menos 1% de gasto do que foi gasto com viadutos e asfaltos, a situação hoje seria diferente”, ponderou.

Ele crê, no entanto, que a nova gestão tocada pelo prefeito eleito Maguito Vilela (MDB) será diferente. Apesar de ainda não ter falado com a equipe de transição, Oliveira está otimista que o ex-governador irá observar com novos olhares o sistema. Pelo menos, durante a campanha, Maguito disse que tomaria para si o “protagonismo” na tentativa de resolver as soluções em torno do transporte.

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“A gente tem uma expectativa do prefeito Maguito ele chamou para si a responsabilidade em buscar uma solução, a gente tem uma expectativa positiva, mas não tivemos nenhuma conversa com a equipe de transição, nem mesmo com os governantes que irão assumir, até porque eles estão envolvidos numa série de atividades, mas pretendemos ainda nos próximos dias ou no início da gestão apresentar o problema e apresentar soluções”, projetou.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.