Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o segundo candidato a deputado federal mais votado em Goiás, Gustavo Gayer (PL) é alvo de uma ação de investigação judicial eleitoral contra abuso de poder político, econômico e ataque às eleições por meio do uso indevido dos veículos comunicação social para compartilhamentos de desinformações.
Conforme a ação, Gayer tornou-se conhecido pela divulgação de vídeos relacionados à pandemia, em 2020 e, à época, chegou a ser indicado, em lista enviada pelo Google à CPI da Covid, como um dos canais do Youtube que mais ganhou dinheiro disseminando notícias falsas sobre a pandemia.
Desde então, conforme documento, a sua forte atuação nas redes sociais é marcada pela divulgação de fatos inverídicos. Como exemplo, quando o Gayer afirmou que o TSE teria admitido a existência de fraude nas urnas eletrônicas em 2018. Segundo o deputado, a fraude teria ocorrido diante da possibilidade de adulteração do código-fonte das urnas.
Ainda de acordo com o documento, durante o período eleitoral foi constatado o ataque à integridade eleitoral e a justiça eleitoral além de incentivo à violência contra opositores políticos. De acordo com a ação, tais “atentados” visaram estimular nos eleitores o sentimento de insegurança e descrença no processo eleitoral, “atentando contra a existência” da própria democracia.
Nossa reportagem entrou em contato com Gustavo Gayer afim de esclarecimentos sobre o caso, mas não tivemos retorno. O espaço fica aberto.
Nesta semana o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou a admissibilidade de ação do PT que acusa o presidente Jair Bolsonaro (PL) de abuso de poder político nas eleições de 2022 devido ao uso supostamente indevido de meios de comunicação.
Com isso, Bolsonaro se torna réu, assim como o deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL), que também está entre os investigados. Se forem comprovadas irregularidades, eles podem se tornar inelegíveis.
O ação do PT inclui, ainda, os deputados federais reeleitos Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e Braga Netto (PL), que foi o candidato a vice de Bolsonaro.
Além da inelegibilidade, existe a possibilidade daqueles que foram reeleitos ou eleitos no último pleito terem seus diplomas cassados. Todos eles têm cinco dias para apresentarem suas defesas.