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Guerra entre facções mata nove no AC, diz secretário de Segurança Pública

A onda de violência provocada pela disputa entre as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) provocou nove assassinatos em 24h em Rio Branco, informou à Folha de S.Paulo o secretário de Segurança Pública do Acre, Emylson da Silva.

Quatro dessas mortes ocorreram no complexo penitenciário Francisco d’Oliveira Conde entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta (20). O local abriga 50% de presos além de sua capacidade.

O ataque, que deixou outros 19 feridos, teria partido de integrantes da facção local B13 (Bonde dos 13), aliados do PCC. Todos os mortos pertenceriam ao CV.

Um agente penitenciário foi preso por supostamente ter fornecido as pistolas 9 mm usadas no ataque. Outro agente que teria ajudado o colega está foragido.

Silva disse que a ação na penitenciário foi uma retaliação pelo assassinato de cinco membros do B13 nas ruas de Rio Branco, horas antes.

“Não há nenhuma execução de pessoas que não tenham envolvimento com o mundo criminoso”, afirmou o secretário. “Não estou dizendo se é bom ou ruim, estou apenas esclarecendo.”

Desde domingo (16), 22 presos morreram em presídios do Norte do país por causa da briga entre facções. O primeiro caso ocorreu em Boa Vista (RR), onde dez presos foram mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

Na madrugada de segunda (17), oito presos morreram asfixiados na na Penitenciária Ênio dos Santos Pinheiro, em Porto Velho (RO). Em todos os casos, as investigações apontam a guerra entre as facções como motivo.

Questionado se houve falha na prevenção do ataque, Silva disse que, dentro de um presídio, só é possível mitigar a violência: “Há dez pessoas dentro de uma cela. Se alguém decide ali que vai executar alguém, fica muito difícil evitar.”

AUMENTO DE HOMICÍDIOS

O Acre atravessa um forte aumento da violência. Desde janeiro até 16 de outubro, foram 220 homicídios no Estado de 816 mil habitantes -aumento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o secretário, esse aumento se concentra nos últimos três meses e está relacionado à briga entre facções detonada pelo assassinato do traficante Jorge Rafaat Toumani, em Pedro Juan Caballero, fronteira do Paraguai com Ponta Porã (MS).

A morte, supostamente perpetrada pelo PCC, ocorreu em 16 de junho. A região é estratégica para a distribuição no Brasil da maconha paraguaia e da cocaína trazida do Peru e da Bolívia.

“Tem hoje uma situação instalada no país, de guerra entre facções, e um comando dado no Rio de Janeiro ou em São Paulo acaba provocando uma onda em todos os Estados. Isso é absolutamente inaceitável”, disse Silva.

(FOLHAPRESS)

Samuel Straiotto

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