Na noite desta quarta, 26, integrantes da Guarda Civil Metropolitana da prefeitura de Goiânia protagonizaram um confronto com professores que ocuparam a sede da secretaria da Educação na tarde do mesmo dia. Os manifestantes gritavam palavras de ordem em protesto contra a iniciativa dos agentes de segurança municipais. O fato não teve participação da Polícia Militar de Goiás – PMGO – que não foi acionada para realizar a retirada, segundo o tenente coronel Ricardo Mendes, chefe do setor de comunicação da instituição.
A ocupação foi mobilizada por integrantes do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed) na tentativa de uma “negociação justa”. A atividade não teve liderança do Sintego – Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Goiás. A divergência entre as duas entidades já é conhecida na capital.
Os manifestantes protestaram contra o uso da força promovido por integrantes da Guarda. Alguns professores foram retirados do lugar, após o confronto, por ambulância enquanto outros eram levados para unidades de saúde. Imagens divulgadas pelo Simsed mostram a perna de uma manifestante perfurada.
Alguns manifestantes registraram a tensão vivida no momento do confronto:
{source}
<iframe src=”https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fgliciniacandidamendes.nicinha%2Fvideos%2F1737431572939466%2F&width=500″ width=”500″ height=”331″ style=”border:none;overflow:hidden” scrolling=”no” frameborder=”0″ allowTransparency=”true”></iframe>
{/source}
A reação
Por nota, a Prefeitura de Goiânia chamou de “violenta e desrespeitosa” a ocupação dos manifestantes e afirmou que tomará medidas para reintegração de posse imediatamente. Além disso, o município informou que tem mantido “negociações com representantes da categoria legalmente constituída e está aberto ao diáogo desde o início da atual gestão”.
Leia a nota na íntegra:
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), lamenta a forma violenta e desrespeitosa com que os integrantes do Sindicato Municipal dos Servidores em Educação de Goiânia (Simsed), sindicato não oficial da educação, invadiram o prédio da SME. Medidas judiciais para reintegração de posse já foram tomadas para restabelecer o direito dos servidores trabalharem. A SME informa que mesmo diante da determinação judicial, que suspendeu a paralisação dos profissionais da Educação, aderida por apenas 8% da Rede Municipal, tem mantido negociações com representantes da categoria legalmente constituída e está aberta ao diálogo desde o início da atual gestão.
Vale ressaltar ainda que, apesar do contexto geral de restrição orçamentária e financeira, compromissos para a valorização dos profissionais da Educação e melhorias nas unidades educacionais têm sido garantidos pela Prefeitura de Goiânia, entre eles: chamamento de 45% dos aprovados no concurso público; pagamento do piso salarial nacional dos professores, conforme estabelece a Lei nº 11.738/208; repasse direto para instituições no valor de R$ 5 milhões para manutenções; além de definir que a data-base dos administrativos será concedida retroativamente a janeiro desde ano. Desde janeiro, a SME propôs a formação de comissões para discussões permanentes sobre carreira e benefícios aos servidores dentro do que é estabelecido pela legislação.