Brasília – O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse nesta quarta-feira, 11, que grupos técnicos “estão fazendo cálculos” sobre possíveis alterações nas medidas provisórias que mudaram regras no seguro desemprego, auxílio-doença e pensão por morte. Dias ponderou, entretanto, que não há pontos que o governo já aceita alteração.
“Os grupos técnicos estão fazendo cálculos, contas. O que é certo é que a presidente Dilma não vai fazer nada que represente prejuízo ao trabalhador”, disse.
Questionado se as medidas poderiam ser flexibilizadas, Dias sinalizou estar em discordância com o Palácio do Planalto. “Eu sou de um partido trabalhista, tenho minhas razões políticas e ideológicas, as defendo internamente, mas publicamente a minha obrigação é defender as posições do governo”, disse.
O ministro ressaltou que as medidas não prejudicam o trabalhador. “Não é em cima dos trabalhadores. É em cima de uma necessidade que temos de garantir a saúde dos fundos”, disse. “Aí se quebrar (o fundo), eu vou pagar?”, completou. Um novo encontro com centrais sindicais está marcado para o dia 25, quando as entidades devem apresentar suas propostas de alteração nos textos.
(Estadão Conteúdo)