Sindicatos e movimentos sociais convocaram greve geral para esta sexta-feira (28) em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer.
A maior parte do sistema de transporte público em São Paulo deve ser afetado com a adesão de metroviários, ferroviários da CPTM e motoristas de ônibus. Em liminar concedida nesta quarta (26), o Tribunal Regional do Trabalho determinou aos metroviários que mantenham um efetivo mínimo de 80% trabalhando nos horários de pico e 60% no resto do dia, sob pena de R$ 100 mil.
Para tentar amenizar os transtornos, o rodízio de carros e a zona azul foram suspensos em São Paulo.
Os aeroviários também devem parar e causar transtornos nos voos operados no país. O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos pediu ajuda ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) para paralisar os dois principais aeroportos do país, os de Congonhas e Guarulhos (SP). A ideia é paralisação a partir da 0h de sexta, mas manter atividades de 30% dos funcionários, como preza a legislação, diz a entidade.
Aeroviários, metroviários e motoristas de ônibus confirmarão nesta quinta (27) a adesão à greve em assembleias.
O MTST, em conjunto com outros movimentos e sindicatos que compõem a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, também organiza uma manifestação a partir das 17h de sexta no Largo da Batata. O plano é seguir em passeata em direção à casa do presidente Michel Temer.
Os organizadores planejam ainda 25 bloqueios de estradas e vias nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Roraima e no Distrito Federal.
Outras categorias que devem participar da greve em São Paulo são os professores das redes pública e particular, bancários, metalúrgicos e motoboys. Funcionários dos Correios decidiram entrar em greve nesta quarta-feira (26) por tempo indeterminado.
Há assembleias de outras categorias previstas até a quinta-feira (27) para decidir se vão paralisar as atividades.
Alguns tribunais também vão suspender suas atividades, caso dos tribunais regionais do trabalho de Minas Gerais e da Bahia.
QUEM DEVE PARAR NA GREVE GERAL
SÃO PAULO
– Metroviários (com exceção da Linha 4-Amarela, administrada por uma empresa privada)
– Ferroviários (paralisação confirmada nas linhas 7, 10, 11 e 12 da CPTM)
– Motoristas de ônibus
– Motoboys
– Rodoviários
– Trabalhadores da limpeza urbana
– Aeroviários de Guarulhos
– Professores da rede estadual, municipal e da rede privada
– Funcionários dos Correios
– Bancários de São Paulo, Osasco e região; Mogi das Cruzes; Campinas; Sorocaba e Jundiaí
– Metalúrgicos do ABC, Jundiaí, Sorocaba, São Carlos e Vale do Paraíba
– Trabalhadores da USP
– Servidores municipais de São Paulo
– Servidores municipais de São José dos Campos
– Servidores públicos de Jundiaí
– Servidores públicos de Limeira
– Trabalhadores da Saúde e Previdência do Estado de São Paulo
– Trabalhadores em entidades de assistência à criança e ao adolescente
– Portuários de Santos
– Professores universitários de Sorocaba
– Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente
– Petroleiros das Refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) de São José dos Campos e Cubatão; e terminais de Guarulhos, Guararema, Barueri, São Caetano, Ribeirão Preto, São Sebastião e Caraguatatuba
– Comerciários de Osasco e Sorocaba
– Eletricitários de São Paulo
– Trabalhadores de confecção e vestuário de Guarulhos
– PUC-SP
RIO DE JANEIRO
– Motoristas, cobradores e fiscais de transporte público do Rio
– Professores da rede privada
– Radialistas
– Trabalhadores de empresas de energia
– Bancários do Rio, Teresópolis, Baixada, Campos e Macaé
– Petroleiros do Nortefluminense, Campos e Macaé
– Professores da rede municipal e estadual de educação pública
– Docentes da Universidade Federal Rural do Rio
– Docentes da UFRJ
– Docentes da UFF
– Docentes da UERJ
– Docentes da UniRio
– Trabalhadores do Turismo
– Professores da Cefet-RJ
– Trabalhadores da Fiocruz
– Servidores da saúde do Estado do Rio
– Trabalhadores da UFRJ
– Técnicos industriais
– Trabalhadores do Cefet
– Trabalhadores da UFF
– Servidores do CNPq
– Trabalhadores de combate a endemias
– Trabalhadores em segurança do trabalho
– Sindicato do Instituto Federal do Rio
– Professores particulares de Macaé
– Enfermeiras da rede municipal do Rio
– Intersindical Portuária
– Rodoviários municipais do Rio
– Trabalhadores da Coppe/UFRJ
– Servidores do Incra
– Trabalhadores da construção pesada
– Servidores do Judiciário Federal
– Trabalhadores do IBAMA e do ICMBio
– Servidores do INPI
– Trabalhadores do Museu do Índio (Funai)
– Portuários do Rio de Janeiro (capital)
– Estivadores (capital)
– Conferentes (capital)
– Arrumadores (capital)
– Consertadores (capital)
– SindMed
– Moedeiros da Casa da Moeda
– Servidores federais da educação técnica
– Engenheiros do Estado
– Prestadores de serviço público de informática do Estado
– Trabalhadores de bloco – portuários do Estado
– Vigias portuários
– Servidores do serviço público federal
– Funcionários do Banco Central
– Funcionários dos Correios
MINAS GERAIS
– Motoristas de ônibus e demais trabalhadores rodoviários de Belo Horizonte e região
– Bancários de Belo Horizonte e região
– Petroleiros
– Metroviários
– Professores da rede privada
– Servidores municipais de Belo Horizonte
– Metalúrgicos
– Funcionários dos Correios
– Sindicato dos trabalhadores em educação de Minas Gerais
DISTRITO FEDERAL
– Rodoviários
– Metroviários
– Bancários
PERNAMBUCO
– Rodoviários de Recife
– Metroviários de Recife
– Bancários
– Aeroviários
CEARÁ
– Trabalhadores estaduais da saúde
– Bancários
– Rodoviários
BAHIA
– Motoristas, cobradores e fiscais do transporte urbano de Salvador
– Rodoviários
RIO GRANDE DO SUL
– Rodoviários
– Metroviários
– Bancários
– Professores das redes municipal, estadual, privada e federal
– Aeroviários