O presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás, Sérgio Luiz da Costa, afirmou que ainda não foi feita nenhuma nova proposta para a categoria e, que as negociações não evoluíram. Segundo ele, não há previsão para a discussão das reivindicações.
Sérgio informou que a adesão dos bancários da rede privada chega a 70% em todo o estado, enquanto na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil, a adesão chega a aproximadamente 95%.
A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no último dia 25, foi de 5,5% de aumento salarial, mas a categoria reivindica 16%.
O presidente do sindicato teme que a greve em 2015 seja mais difícil do que em anos anteriores, em virtude do cenário econômico. Segundo ele, a tendência é que se caminha para um dissídio coletivo, devido a não evolução das negociações.
Veja a proposta dos bancários e a contraproposta da Fenaban:
Proposta dos Bancários
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Contraproposta da Fenaban
Reajuste de 5,5%.
Piso portaria após 90 dias – R$ 1.321,26.
Piso escritório após 90 dias – R$ 1.895,25.
Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.
PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.
Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016.
Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.
Parcela adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08.
Auxílio-refeição – R$ 27,43.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 454,87.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 378,56.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 323,84.
Gratificação de compensador de cheques – R$ 147,11.
Requalificação profissional – R$ 1.294,49.
Auxílio-funeral – R$ 868,58.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 129.522,56
Ajuda deslocamento noturno – R$ 90,67.