Em Goiás, são comuns os acidentes de trânsito com postes danificados. Segundo a Enel, o problema é recorrente em todo o Estado e causa danos à rede de distribuição, além de afetar o fornecimento de energia para os clientes.
Em 2017, a média diária foi de cinco postes atingidos, com aproximadamente 1.800 substituídos em todo o estado, número que ultrapassou o total contabilizado em 2016, quando cerca de 1.700 estruturas foram trocadas.
Entre os 246 municípios goianos, Goiânia foi o que registrou o maior número de ocorrências: 420 somente no ano passado. De acordo com a Enel, os principais causadores são motoristas que ingeriram bebida alcoólica, excesso de velocidade, desrespeito às leis de trânsito e caminhões com altura irregular que arrastam a fiação elétrica.
“Dependendo da situação, o tempo para restabelecer o fornecimento de energia pode ser superior a cinco horas, por conta das dificuldades associadas a esse tipo de ocorrência. Além dos procedimentos exigidos pela legislação de segurança, a logística de atendimento a esses casos é complexa”, comenta o responsável pelas Unidades Operativas Média e Baixa Tensão da Enel Distribuição Goiás, Thiago Nunes.
Em caso de acidente, as equipes de plantão precisam inspecionar a rede elétrica, identificar o isolar o trecho para executar as manobras necessárias e eliminar os riscos a terceiros. Em algumas ocorrências, o veículo fica preso debaixo do poste e os técnicos da distribuidora precisam aguardar a retirada do mesmo. Depois disso, a equipe precisa identificar o tipo de poste atingido e informar os procedimentos necessário ao Centro de Operação da Distribuição (COD), que recebe e encaminha as chamadas de emergência.
A distribuidora alerta que não se deve tocar em cabos que estiverem no solo, ficar embaixo das estruturas danificadas, nem tentar realizar o isolamento da área. É importante ressaltar, ainda, que o motorista ou responsável pelo veículo deve arcar com os custos para a troca do poste e o deslocamento das equipes, além de multas aplicadas à companhia.