DE SÃO PAULO (FOLHAPRESS) Em 12/11/2016 14h43
O GP Brasil de F-1 deve dar um prejuízo de cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 100 milhões) aos seus organizadores neste ano de 2016.
A prova perdeu dois de seus principais patrocinadores, Petrobras e Shell, para a etapa deste ano e terá dificuldade para fechar suas contas. A informação é do jornal “O Estado de S.Paulo”.
Como está previsto em contrato, a FOM (Formula One Management), promotora da categoria, vai arcar com o prejuízo. Porém, as contas no vermelho não tendem a ajudar em negociações futuras para permanência da etapa no Brasil.
Uma volta 360º na pista de Interlagos
“O contrato que temos com ela é que, se não conseguirmos fechar as contas, a empresa paga. É o contrato que temos atualmente. Claro que isso incomoda a FOM, mas esta é uma decisão estratégica dela”, disse Tamas Rohonyi, promotor do GP Brasil, ao “Estado”. Procurada pela Folha de S.Paulo, a FOM afirmou que o único que faz comentários a respeito da situação do GP Brasil é Bernie Ecclestone, seu presidente. O cartola tem uma relação afetiva com o Brasil, uma vez que é casado com uma brasileira (Fabiana) e tem negócios no interior de São Paulo.
Na quarta-feira (9), Ecclestone reuniu-se em Brasília com o presidente Michel Temer para falar sobre o futuro do GP nacional. Ambos conversaram por mais de meia hora.
A Folha apurou que, em razão de sua relação com o país, Ecclestone tem tentado de todas as formas manter a etapa, que tem contrato para ser realizada até 2020. Mas, de acordo com calendário provisório divulgado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), está ainda “sujeito a confirmação” para 2017.
A etapa nacional da F-1 tem sofrido, ano a ano, com a queda no público. Se, em 2008, 76.400 assistiram à prova, em 2013 foram 66 mil. A falta de triunfos de pilotos do país –não vencem uma prova desde 2009– e a escassez no grid tampouco ajuda.
Felipe Massa, que tem 11 vitórias na carreira, se aposentará no final deste ano. Felipe Nasr ainda não tem assento garantido na próxima temporada.
esde 1970. Em 2001, o país chegou a ter cinco competidores alinhados simultaneamente (Henrique Bernoldi, Luciano Burti, Rubens Barrichello, Tarso Marques e Ricardo Zonta).