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Brasil
| Em 11 meses atrás

Governo vai dar até R$ 100 mil de recompensa para quem informar paradeiro de bandidos

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Nas próximas semanas vai ser publicada uma lista dos criminosos mais procurados do Brasil para que pessoas deem informações em troca de dinheiro. O ministério da Justiça e Segurança Pública vai utilizar recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para pagar entre R$ 30 mil e R$ 100 mil pelas informações.

Tudo seguirá critérios específicos e uma relação de criminosos, chamada Lista dos Procurados do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

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Além disso, quando as informações disponibilizadas resultarem em recuperação de produto de crime, a recompensa ao informante será de até 5% do valor recuperado.

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Cada estado vai preparar a relação com o nome dos oito criminosos mais procurados que tenham um mandado de prisão em aberto, sendo em crimes graves, violentos e hediondos.

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A lista final será publicada no site do Ministério da Justiça para que a população tenha acesso aos dados e dê informações em troca da recompensa em dinheiro.

A lista de procurados trará as seguintes informações:

Nome;

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Data de nascimento;

Cadastro Nacional da Pessoa Física (CPF);

Foto;

Nº do Mandado de prisão;

Nome da unidade da federação responsável pela seleção do investigado;

Os critérios para a recompensa serão:

Gravidade do crime;

Grau de eficácia da informação para prisão do procurado;

Risco efetivo ou potencial à vida e à integridade física do informante;

Programa de recompensas

As medidas fazem parte de um programa de recompensas para agilizar a retirada de circulação dos bandidos mais perigosos, a exemplo de outros países. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já assinou a Portaria 570/2023, que institui a norma para a elaboração da lista.

Os nomes são listados a partir de critérios estabelecidos pelo ministério. São, por exemplo, participação direta ou indireta em organização criminosa e envolvimento em crimes graves e violentos. Mas o principal critério é haver mandado de prisão em aberto, constante na pesquisa pública do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP/CNJ). Também entram critérios estabelecidos por decisão judicial específica.

O documento estabelece, ainda, os requisitos para a divulgação, em âmbito nacional, dos indivíduos, cuja prisão tem caráter estratégico para o enfrentamento às organizações criminosas do país. “É uma medida importante para dinamizar os instrumentos de eficiência da polícia”, avaliou o ministro. Flávio Dino está deixando a pasta para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Portaria assinada é a primeira etapa para a lista final. A partir dela, cada estado e o Distrito Federal enviarão à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) os oito nomes de criminosos procurados e que se enquadrem em uma matriz de risco definida pelo MJSP.

A lista nacional será fechada pela Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado, da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (CGCCO/Diopi). A coordenação vai atribuir pontuação para definir quais criminosos constarão. A seleção dos indivíduos para inclusão, exclusão ou substituição na Lista ocorrerá semestralmente.

Recompensa é inédita

No momento, a metodologia de divulgação da lista está sendo estruturada. Esta é a primeira vez que o Ministério concederá recompensa em dinheiro àqueles que fornecerem informações relevantes que conduzam à elucidação de crimes e à prisão dos procurados.

O valor para cada situação – variando entre R$ 30 mil e R$ 100 mil – será definido a partir de diretrizes. Essas diretrizes envolvem gravidade do crime, grau de eficácia da informação para resolução do fato e prisão do procurado e risco efetivo ou potencial à vida e à integridade física do informante.

O foco principal das medidas é o combate às facções criminosas.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.