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Categorias: Brasil
| Em 10 anos atrás

Governo pode ter uma mulher no Tesouro

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A ex-secretária municipal da Fazenda do Rio de Janeiro e atual presidente do Instituto Pereira Passos (IPP), Eduarda La Rocque, deverá ser a indicada pela presidente para comandar a Secretaria do Tesouro Nacional

Brasilia – Depois de escolher Joaquim Levy para comandar o Ministério da Fazenda durante seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff poderá ter, pela primeira vez, uma mulher ocupando um cargo estratégico na equipe econômica. A ex-secretária municipal da Fazenda do Rio de Janeiro e atual presidente do Instituto Pereira Passos (IPP), Eduarda La Rocque, deverá ser a indicada pela presidente para comandar a Secretaria do Tesouro Nacional, como revelou ontem o jornal O Estado de S. Paulo.

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É importante destacar que, durante parte do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na primeira gestão de Dilma, a função foi ocupada por Arno Augustin. Ele assumiu o posto em 2007 e se tornou um protagonista da equipe econômica durante a gestão de Guido Mantega na Fazenda. Criada em 1986, a Secretaria do Tesouro nunca teve uma mulher no seu comando. Apenas homens, incluindo o próprio Joaquim Levy, titular de janeiro de 2003 a março de 2006, no primeiro mandato de Lula e sob o comando do então ministro da Fazenda Antônio Palocci.

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Aos 44 anos, Eduarda tem um currículo reconhecido pelo mercado. Nascida em Uberaba, em Minas Gerais, mas criada e radicada no Rio de Janeiro, ela se graduou e fez doutorado na PUC carioca. Começou a trabalhar no banco BBM, convidada por Sérgio Werlang, e deslanchou na instituição. Foi responsável pela criação de um sistema de gestão de riscos que lhe deu boa fama no mercado e levou à criação de sua empresa, a Risk Control, da qual se retirou em 2008.

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Prefeitura

A entrada no meio político aconteceu em 2008, durante a campanha municipal do Rio, quando integrou a equipe responsável por bolar o plano econômico do candidato verde Fernando Gabeira. Eduardo Paes acabou se elegendo prefeito e convidou Eduarda para chefiar sua secretaria de Fazenda. Um dos patrocinadores dessa indicação foi Joaquim Levy que, na época era secretário estadual de Fazenda no Rio. O governo era chefiado por Sérgio Cabral Filho, também do PMDB, como Paes. Foi normal que as duas administrações acabassem trocando figurinhas sobre um perfil para a secretaria municipal que dialogasse com o estadual.

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Na secretaria municipal, ficou conhecida pela austeridade e pela inovação. Implantou o “Nota Carioca”, semelhante ao “Nota Paulista” para reduzir evasão fiscal. Mas chamou mais a atenção quando negociou um inédito empréstimo de US$ 1 bilhão com o Banco Mundial – volume inédito nos empréstimos da instituição -, que foi decisivo para que a cidade se recuperasse financeiramente e obtivesse grau de investimento dado por três agências internacionais de rating.

Em 2012, assumiu o comando do Instituto Pereira Passos, órgão da prefeitura do Rio, que tem as tarefas de planejamento urbano, produção cartográfica e de estatísticas do Rio. Eduarda também atua na área do desenvolvimento sustentável e meio ambiente. Na sua página no Facebook, destacou a participação, em setembro, da caminhada pelo clima, em Nova York, junto com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Segundo sua postagem, “foi o maior protesto sobre o tema nos últimos cinco anos”. “A movimentação foi para transformar a mudança climática de preocupação ambiental para um assunto de todos. Houve caminhadas como essa em mais 161 países – entre eles o Brasil.” E postou uma foto segurando um cartaz com os dizeres “climate action now” (ação climática agora). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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