O Ministério da Justiça deixou de acolher um dos pedidos feitos pela governadora de Roraima, Suely Campo (PP), no ofício que ela encaminhou ao presidente Michel Temer e ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes sobre o sistema penitenciário do Estado.
Para ajudar a solucionar a crise gerada pela chacina de 33 detentos na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo), a governadora pediu nesta segunda-feira (9) que o governo enviasse uma “força de intervenção penitenciária integrada”, um grupo de agentes penitenciários que atuou pela primeira vez em uma crise no Ceará no ano passado.
O governo decidiu enviar a Boa Vista cem homens da Força Nacional, mas com a orientação de não atuar no interior da penitenciária, como Moraes disse em entrevista coletiva concedida em Brasília. Até a publicação deste texto, contudo, o governo federal não havia respondido sobre o pedido da “força penitenciária”.
“Se a Força Nacional não vai poder atuar dentro do presídio, não interessa para nós. É um gasto desnecessário. Teria que vir em conjunto com a força penitenciária e obras urgentes, como um novo presídio”, disse o presidente do sindicato dos agentes penitenciários de Roraima, Lindomar Sobrinho.
Conhecida como “Fipi”, a força não existe formalmente na máquina pública. É uma força tarefa formada por agentes penitenciários de várias partes do país que se apresentam como voluntários, recebendo apenas diárias e passagens custeadas pelo Ministério da Justiça. Atua em coordenação com as autoridades locais.
Um de seus fundadores, o agente penitenciário do Distrito Federal Luís Mauro Albuquerque Araújo, afirmou à reportagem que uma Fipi poderia ser formada por cerca de cem agentes com o objetivo de “entrar, intervir e retomar” a penitenciária de Roraima. As tarefas imediatas seriam “revistar os presos, analisar a estrutura física da penitenciária, redistribuir os internos”. Seria uma demonstração da presença do Estado.
“O Estado não pode ficar refém do preso. O preso não pode decidir quem vai matar ou não”, disse Araújo. Ele disse que a presença da força no presídio abre espaço para que o Estado faça obras emergenciais, levando carpinteiros, pedreiros e serralheiros. “Também não adianta a ocupação sem as obras.
“Araújo disse que a Fipi atuou no Ceará de maio a novembro do ano passado com cem agentes de 15 Estados brasileiros. “Havia cadeia no Ceará em que o Estado não entrava, agora entra.” Procurado na manhã desta terça-feira (10), o ministério não havia se manifestado até o fechamento desta edição.
(FOLHAPRESS)
Leia Mais:
O número de emissões de credenciais de estacionamento especial em Goiânia teve aumento de quase…
Nesta segunda-feira (12/8), os objetos pessoais das vítimas do avião que caiu em Vinhedo, no…
O sistema de monitoramento de segurança, com plataforma ligada a totens, será lançado oficialmente, em…
As previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação…
As baixas temperaturas que surpreenderam os goianos no último final de semana, com mínimas registradas…
Em 2024, a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) registrou crescimento no número de inscritos no…