O governo federal autorizou o reajuste máximo de 5,6% no preço dos medicamentos. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na edição desta sexta-feira (31). Inclusive, a partir desta data os reajustes já podem ser aplicados.
O reajuste considera a inflação de março de 2022, a fevereiro de 2023 e outros indicadores do setor. Neste ano, os indicadores foram zerados e o reajuste é o mesmo que a inflação do período (5,6%).
O aumento incide sobre o preço máximo que pode ser cobrado pelo remédio, não necessariamente sobre o valor praticado nas farmácias.
Segundo o presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini, o aumento será de forma gradativa e dependerá dos estoques das farmácias.
“Normalmente a farmacêutica demora dez dias. Já as farmácias dependem do estoque e da estratégia comercial que elas têm. Aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, destaca.
Segundo o Sindusfarma, a expectativa é que o reajuste não tenha níveis diferentes. “Como o fator de produtividade foi zero, o aumento deve ser linear neste ano. Porém não quer dizer que todo medicamento subirá 5,6%. Se há um remédio com muita concorrência de genéricos, a indústria costuma subir o mínimo possível”, explica Mussolini.
Portanto, caso o consumidor note um aumento maior do que os 5,6%, ele deve denunciar à CMED através dos canais de comunicação da Anvisa.