O Governo de Goiás fará uma força tarefa com apoio de órgãos da Segurança Pública para evitar aglomerações em localidades próximas ao Rio Araguaia. A ação fiscalizatória de enfrentamento à pandemia de Covid-19, ganhará reforço especial no próximo final de semana prolongado em decorrência do feriado de 7 de setembro. A decisão ocorreu após forças de segurança detectarem movimentação de turistas em direção aos municípios da região turística.
Comandante do Batalhão Ambiental, o tenente-coronel Edson Ribeiro lembra que a meta é fiscalizar o cumprimento do decreto assinado pelo governador Ronaldo Caiado no último mês de junho. O documento proíbe a instalação de acampamentos e estrutura para bares, o que, segundo ele, pode ocorrer na região do Araguaia e de lagos. “Isso para que não haja aglomerações e, com isso, aumente a contaminação de pessoas”, esclarece.
Segundo dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSP), desde o início das atividades até esta segunda-feira (31), foram realizadas 2.152 abordagens a pessoas que insistiram em desobedecer a lei. Além disso, foi realizado trabalho de fiscalização e orientação nas barreiras sanitárias e abordagens a veículos. Existiram outras 778 ocorrências ao longo do leito do rio.
Os números mostram ainda 60 flagrantes de irregularidades. No total, 72 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCO) foram lavrados. No âmbito da fiscalização realizada pela Semad, os fiscais confeccionaram 57 autos de infração.
A operação do Governo de Goiás concentra as abordagens no distrito de Luiz Alves, em São Miguel do Araguaia, distrito de São José dos Bandeirantes, em Nova Crixás, e o município de Aruanã. A temporada de 2020 do Araguaia, tradicional destino turístico das férias de julho, foi oficialmente cancelada para evitar a expansão da pandemia de Covid-19 em Goiás.
Estão vedados o uso coletivo de beiras de rios, cachoeiras e praias formadas no Rio Araguaia e seus afluentes e a instalação de estruturas temporárias de restaurantes, bares, banheiros, pontos de apoio e quaisquer outras de atendimento a turistas e usuários em praias, beiras de rios e cachoeiras.
Desde o último dia 1º de julho a mobilização de acampamentos e estruturas na beira do rio poderão ser multados de acordo com o artigo 03 do decreto. Realizar, organizar, instalar, ocupar, divulgar ou promover sob qualquer forma acampamentos de qualquer natureza, multa de R$ 25 mil R$ 500 mil.
A operação reúne Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Batalhão Ambiental da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Goiás Turismo, participação do Ministério Público Federal (MPF) e prefeituras municipais.
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